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Arritmias

SCMSP - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO, 2024 - Adaptada

Maria, 78 anos, com diagnóstico de fibrilação atrial paroxística, vem ao consultório pela primeira vez. Antecedentes pessoais: hipertensa controlada com medicação. Nega diabetes, outras doenças ou internações prévias. Radiograma de tórax: área cardíaca normal, sem calcificações vasculares. Em relação à abordagem terapêutica da fibrilação atrial nesta paciente, é correto afirmar que o escore de CHADS-VASC:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

O escore CHA2DS2-VASc é utilizado para estimar o risco de eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial e ajudar na decisão de iniciar a terapia antitrombótica. Cada fator de risco tem uma pontuação específica: insuficiência cardíaca ou disfunção ventricular esquerda (1 ponto), hipertensão (1 ponto), idade ≥ 75 anos (2 pontos), diabetes mellitus (1 ponto), acidente vascular cerebral (AVC) prévio ou ataque isquêmico transitório (AIT) (2 pontos), doença vascular (1 ponto), idade entre 65-74 anos (1 ponto) e sexo feminino (1 ponto).

  • Análise da Alternativa A: Para Maria, com 78 anos e hipertensão, o escore CHA2DS2-VASc seria calculado da seguinte forma: 2 pontos pela idade ≥ 75 anos, 1 ponto pela hipertensão, e 1 ponto por ser do sexo feminino, totalizando 4 pontos. Portanto, a pontuação correta é 4, e a afirmação de que não há indicação de terapia antitrombótica pela ausência de eventos prévios está incorreta. Pacientes com escore CHA2DS2-VASc ≥ 2 em mulheres têm indicação de terapia antitrombótica.
  • Análise da Alternativa B: A alternativa correta de pontuação é 4, mas a afirmação de que não há indicação de terapia antitrombótica está incorreta. De acordo com as diretrizes, um escore CHA2DS2-VASc de 4 indica um risco elevado de eventos tromboembólicos, justificando a necessidade de terapia antitrombótica.
  • Análise da Alternativa C: A pontuação indicada aqui é 3, mas considerando a idade de Maria (≥ 75 anos), o correto seria 4. Além disso, a terapia antitrombótica é recomendada para pacientes com escore CHA2DS2-VASc ≥ 2 em mulheres, o que está correto.
  • Análise da Alternativa D: Esta alternativa corretamente indica que a pontuação é 4 e que há indicação de terapia antitrombótica. Pacientes com essa pontuação têm um risco suficiente para justificar o uso de anticoagulação para prevenção de eventos tromboembólicos.

O traçado abaixo sugere o diagnóstico de:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Para que o ritmo seja considerado sinusal, é imprescindível a presença da onda P. Portanto, em casos de taquicardia, se a onda P é visível de forma regular, podemos afirmar que se trata de uma taquicardia sinusal. Já na taquicardia supraventricular, embora o QRS seja estreito, a onda P não é observada.

Paciente jovem 34 anos, feminina, refere desconforto torácico, pulsações intensas na base de pescoço e precórdio de início súbito, há aproximadamente 20 minutos. Lúcida, eupnéica e normocorada, Tensão Arterial de 120 x 80 mmHg. ECG apresenta ritmo abaixo. Qual sua conduta?

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Uma paciente jovem de 34 anos apresenta desconforto torácico e sensação de pulsações intensas na região do pescoço e precórdio, com início súbito há cerca de 20 minutos. Ela encontra-se lúcida, eupnéica, normocorada e com pressão arterial de 120 x 80 mmHg.


O eletrocardiograma revela um ritmo de aproximadamente 190 bpm, ausência de ondas P, QRS estreito e regular, indicando fortemente uma taquicardia supraventricular.


Segundo as diretrizes da American Heart Association, ao identificarmos uma taquiarritmia, é crucial avaliarmos se a paciente apresenta algum dos quatro critérios de instabilidade hemodinâmica: rebaixamento do nível de consciência, hipotensão, dor torácica anginosa ou sinais de congestão pulmonar. Caso algum desses critérios esteja presente, a cardioversão elétrica imediata é indicada.


No entanto, no caso de nossa paciente, não há sinais de instabilidade hemodinâmica, o que permite que sigamos com outras alternativas terapêuticas para reversão do ritmo. Diante disso, o uso de manobras vagais é recomendado, assim como a administração de adenosina para tentar restabelecer o ritmo cardíaco normal.

SCMSP - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO, 2022
A habilidade para orientar e tratar a síndrome do coração pós-feriado na urgência depende de conhecimento dos fundamentos dessa síndrome, também conhecida como Holiday Heart Syndrome. A partir dessa informação, assinale a alternativa correta.

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

  • Análise da Alternativa A: INCORRETA. As arritmias ventriculares não são a manifestação mais comum na síndrome do coração pós-feriado. A arritmia mais frequentemente associada é a fibrilação atrial. Além disso, arritmias ventriculares podem ter consequências graves e não são necessariamente benignas.
  • Análise da Alternativa B: INCORRETA. Embora a fibrilação atrial possa ser paroxística e reverter espontaneamente, ela está associada a um aumento no risco de mortalidade e complicações tromboembólicas, mesmo em episódios breves.
  • Análise da Alternativa C: INCORRETA. A ingestão de álcool interfere no sistema de condução cardíaca, mas geralmente é pelo aumento da excitabilidade cardíaca e não pela melhora da condução. O álcool pode provocar desequilíbrios eletrolíticos e aumento da atividade simpática, contribuindo para o desenvolvimento de arritmias.
  • Análise da Alternativa D: CORRETA. O acetaldeído, que é um metabólito do álcool, tem propriedades arritmogênicas. Ele pode aumentar os níveis de catecolaminas sistêmicas e intramiocárdicas, contribuindo para o desenvolvimento de arritmias, incluindo a fibrilação atrial.

(ENARE - EXAME NACIONAL DE RESIDÊNCIA / EBSERH, 2024 - Adaptada) Uma mulher de 58 anos apresentou-se à sala de emergência com palpitações intensas, dor torácica e dispneia. Ela relatou que as palpitações começaram repentinamente enquanto estava em repouso em casa. Não havia histórico prévio de arritmias. A seguir está o eletrocardiograma realizado: Sinais vitais: frequência cardíaca estimada em cerca de 150 bpm; pressão arterial: 80/50 mmHg. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico e a conduta adequada para esse caso.

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Analisou a onda P e o QRS largo ou estreito? Em seguida, é importante determinar se o ritmo é regular ou irregular. Um ECG com QRS estreito e ritmo irregular, sem ondas P, sugere Fibrilação Atrial. Diante de sinais de instabilidade do paciente, como hipotensão, dispneia e dor torácica, a intervenção imediata recomendada é a cardioversão elétrica sincronizada.

  • Análise da Alternativa A: A taquicardia supraventricular é uma arritmia comum caracterizada por uma frequência cardíaca elevada, normalmente regular, que pode causar sintomas como palpitações e dispneia. A sedação leve e a cardioversão química (geralmente com adenosina) são indicadas em pacientes hemodinamicamente estáveis. No entanto, neste caso, a paciente está hemodinamicamente instável, com hipotensão (80/50 mmHg), o que contraindica a cardioversão química. A cardioversão elétrica imediata é o tratamento de escolha para pacientes com taquicardia supraventricular e instabilidade hemodinâmica.
  • Análise da Alternativa B: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia comum, especialmente em pacientes mais velhos. Apresenta-se com um ritmo irregular e uma frequência ventricular elevada. Dada a instabilidade hemodinâmica da paciente (hipotensão significativa), a cardioversão elétrica imediata é a conduta adequada. A sedação leve é necessária para o conforto do paciente durante o procedimento.
  • Análise da Alternativa C: Flutter atrial é uma arritmia supraventricular que pode ser regular ou irregular e também pode levar a sintomas como palpitações e dispneia. A desfibrilação é indicada em casos de arritmias ventriculares potencialmente fatais, como taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular, mas não em flutter atrial. O manejo do flutter atrial instável é a cardioversão elétrica, não a desfibrilação.
  • Análise da Alternativa D: A taquicardia sinusal é um ritmo regular com uma frequência cardíaca elevada que geralmente ocorre como uma resposta fisiológica ao estresse, dor, ou outras condições subjacentes. No entanto, a paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, o que não é típico de taquicardia sinusal simples. Portanto, a conduta expectante não é adequada.

A morte súbita cardíaca é um evento clínico de alta relevância devido à sua apresentação abrupta e grave, frequentemente relacionada a diversas condições cardíacas e não cardíacas. Sobre a etiologia da morte súbita cardíaca, assinale a alternativa correta:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

A doença coronariana aterosclerótica é a responsável direta por cerca de 80% de todas as mortes súbitas cardíacas extra-hospitalares, especialmente em indivíduos com mais de 30 anos de idade. As cardiomiopatias em geral são responsáveis por 10-15% dos casos de morte súbita cardíaca em pacientes > 30 anos. A síndrome de Brugada é uma condição genética autossômica dominante, mais comum em indivíduos de origem asiática e em homens, caracterizada pelo padrão pseudo-BRD + supradesnível de ST nas derivações V1, V2 e V3 durante o ritmo sinusal, e propensão à fibrilação ventricular espontânea. O uso de antiarrítmicos do grupo IC não é recomendado na prevenção primária de morte súbita em pacientes com cardiopatia estrutural, pois pode aumentar a mortalidade.

Análise das Alternativas:
  • Alternativa A: Incorreta. A doença coronariana aterosclerótica é responsável por cerca de 80%, não 50%, das mortes súbitas cardíacas extra-hospitalares.
  • Alternativa B: Incorreta. As cardiomiopatias representam 10-15% dos casos de MSC em indivíduos acima de 30 anos.
  • Alternativa C: Correta. A síndrome de Brugada é mais comum em indivíduos de origem asiática e se caracteriza por padrão pseudo-BRD + supradesnível de ST nas derivações V1, V2 e V3 durante o ritmo sinusal.
  • Alternativa D: Incorreta. O tratamento com antiarrítmicos do grupo IC (como flecainida) não é recomendado na prevenção primária de MSC em pacientes com cardiopatia estrutural devido ao aumento do risco de mortalidade.

A fibrilação ventricular é uma das principais causas de morte súbita cardíaca e representa um desafio significativo no manejo de pacientes com doenças cardíacas. Considerando os mecanismos e as características da FV, analise as afirmativas a seguir:

  • I. A FV pode ocorrer na presença de “dispersão da refratariedade” e condução lentificada, frequentemente desencadeada por uma extrassístole ventricular.
  • II. A FV é sempre precedida por taquicardia ventricular sustentada.
  • III. A dispersão da refratariedade implica em áreas adjacentes com diferentes períodos refratários, favorecendo a fragmentação do estímulo elétrico.
  • IV. Na FV, o miocárdio apresenta movimentos fibrilatórios anárquicos a uma frequência de 200-300 por minuto.
Estão corretas apenas:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

A fibrilação ventricular é uma arritmia cardíaca grave que leva à morte súbita se não tratada imediatamente. É caracterizada por atividade elétrica caótica no ventrículo, resultando em incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz. As contrações ventriculares são descoordenadas e anárquicas, que impedem o bombeamento eficaz do sangue. Durante a FV, o eletrocardiograma mostra um padrão irregular sem complexos QRS discerníveis, refletindo a atividade elétrica caótica.

Principais causas:
  1. Isquemia miocárdica: Provoca áreas de condução lentificada e dispersão da refratariedade, criando um substrato para a fibrilação ventricular.
  2. Extrassístoles ventriculares: Podem atuar como gatilhos para a FV em um miocárdio predisposto.
  3. Cardiomiopatias: A dilatação ou hipertrofia ventricular cria um ambiente propício para quaisquer arritmias.
Agora vamos focar no quadro clínico e fatores da FV: ela se manifesta com colapso hemodinâmico imediato, perda de consciência e ausência de pulso palpável. A desfibrilação elétrica é a única forma eficaz de terminar a FV. A administração de amiodarona (300 mg IV) pode ser considerada após tentativas iniciais de desfibrilação.
Análise das Alternativas:
  • Alternativa A: Correta. A FV pode ocorrer na presença de “dispersão da refratariedade” e condução lentificada, frequentemente desencadeada por uma extrassístole ventricular.
  • Alternativa B: Incorreta. A FV não é sempre precedida por taquicardia ventricular sustentada; pode ocorrer após uma extrassístole ventricular.
  • Alternativa C: Incorreta. Na FV, o miocárdio apresenta movimentos fibrilatórios anárquicos a uma frequência de 400-600 por minuto, não 200-300.
  • Alternativa D: Incorreta. A FV não é sempre precedida por taquicardia ventricular sustentada.

Qual é o principal benefício da ablação por radiofrequência em pacientes com fibrilação atrial?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

A ablação por radiofrequência é um procedimento utilizado para tratar pacientes com fibrilação atrial, especialmente aqueles que não respondem bem ao tratamento medicamentoso. Esse procedimento envolve a aplicação de energia de radiofrequência para destruir pequenas áreas de tecido cardíaco que causam a arritmia.Além disso, a ablação pode diminuir a frequência de internações hospitalares e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, especialmente aqueles com episódios recorrentes e sintomáticos de FA.

Análise das Alternativas:
  • A) Evitar o uso de anticoagulantes: Incorreta. A ablação não substitui a necessidade de anticoagulação, especialmente em pacientes com alto risco de tromboembolismo.
  • B) Reduzir a necessidade de medicamentos antiarrítmicos: Correta. O principal benefício da ablação é a redução ou eliminação da necessidade de medicamentos antiarrítmicos.
  • C) Diminuir a frequência de internações hospitalares: Parcialmente correta. Embora a ablação possa reduzir as internações, este não é o principal benefício.
  • D) Melhorar a tolerância ao exercício: Parcialmente correta. A ablação pode melhorar a tolerância ao exercício em alguns pacientes, mas este não é o principal benefício.

Paciente masculino, 78 anos, com histórico de infarto do miocárdio há 5 meses, apresenta síncope frequente nas últimas semanas. Ao exame físico, está bradicárdico com frequência cardíaca de 45 bpm, pressão arterial de 110/70 mmHg. O ECG mostra bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz II. Não há sinais de insuficiência cardíaca descompensada. Qual é a conduta inicial indicada para esse paciente?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Vamos para mais uma, Azoner!!!
O bloqueio AV de segundo grau Mobitz II é uma condição grave, frequentemente associada a lesões estruturais do sistema de condução, como as que ocorrem após infarto do miocárdio. Esta arritmia pode progredir rapidamente para bloqueio AV completo e é uma causa comum de síncope em pacientes idosos. No contexto de um infarto prévio, a presença de bloqueio Mobitz II indica uma lesão significativa no sistema His-Purkinje, necessitando de intervenção imediata. O tratamento indicado para esse paciente é a implantação de um marca-passo definitivo, que ajudará a manter uma frequência cardíaca estável e prevenir episódios de síncope. Antes da implantação do marca-passo, a administração de atropina pode ser usada temporariamente para aumentar a frequência cardíaca, mas não resolve o problema subjacente de forma definitiva.
Análise das alternativas:
  • A) Administração de atropina e observação: Alternativa incorreta. A atropina pode ser usada temporariamente, mas a observação não é suficiente para um bloqueio Mobitz II.
  • B) Implantação de marca-passo definitivo: Alternativa correta. A implantação de um marca-passo é a conduta mais indicada para evitar progressão para bloqueio AV completo e prevenir síncope.
  • C) Uso de betabloqueadores para controle da frequência cardíaca: Alternativa incorreta. Betabloqueadores não são indicados em pacientes com bradicardia e bloqueio AV.
  • D) Realização de teste de esforço para avaliação funcional: Alternativa incorreta. O teste de esforço não é indicado para diagnóstico e tratamento de bloqueio AV Mobitz II.

Imagine que você está no pronto-socorro e chega um paciente de 45 anos com queixas de palpitações súbitas, sensação de ansiedade e tontura. Na avaliação inicial, a pressão arterial está 130/80 mmHg, a frequência cardíaca é de 180 bpm e o ritmo é regular. O ECG revela uma taquicardia regular com complexos QRS estreitos e uma frequência de 180 bpm. Qual é a conduta inicial mais adequada para esse paciente?

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

E aí Azoner, vamos entender melhor o que está acontecendo com esse paciente? Primeiro, vamos para um detalhamento rápido da Taquicardia Supraventricular Paroxística: a TSVP é uma arritmia que se origina acima dos ventrículos e se caracteriza por episódios súbitos de batimentos cardíacos rápidos. O termo "paroxística" significa que esses episódios começam e terminam subitamente. A TSVP é uma condição onde o coração bate exacerbadamente rápido, geralmente entre 150 e 250 batimentos por minuto, e os complexos QRS no ECG são estreitos, indicando que a origem da arritmia está acima dos ventrículos (supraventricular).Pacientes com TSVP frequentemente relatam palpitações súbitas e intensas. Podem também sentir tontura, ansiedade, dispneia e, em alguns casos, dor torácica. Embora possa ser assustador, geralmente não é uma condição de risco imediato de vida, especialmente se a pressão arterial está estável, como no caso descrito. A primeira linha de tratamento para interromper a TSVP é tentar manobras vagais. Estas manobras, como a manobra de Valsalva (onde o paciente tenta expirar com a glote fechada, como se estivesse fazendo força para evacuar) ou a massagem do seio carotídeo, aumentam o tônus vagal e podem interromper a arritmia. Se as manobras vagais não forem eficazes, a próxima etapa é a administração de adenosina. A adenosina é administrada rapidamente em bolus IV (6 mg inicialmente, seguido de 12 mg se necessário). A adenosina age bloqueando temporariamente a condução através do nódulo AV, interrompendo o circuito de reentrada e restaurando o ritmo sinusal normal.

Análise das Alternativas:
  • A) Administrar adenosina 6 mg IV em bolus: Correta. Adenosina é o tratamento de escolha para TSVP, sendo eficaz na maioria dos casos. Funciona rapidamente e é geralmente segura, embora possa causar uma sensação breve de mal-estar no paciente.
  • B) Administrar lidocaína 100 mg IV: Incorreta. Lidocaína é usada para taquicardias ventriculares, não sendo indicada para TSVP.
  • C) Administrar amiodarona 150 mg IV: Incorreta. Amiodarona pode ser usada em casos refratários, mas não é a primeira escolha para TSVP.
  • D) Administrar verapamil 5 mg IV: Incorreta. Verapamil é uma opção para controle de frequência, mas a adenosina é preferida como primeira linha de tratamento.

Mulher de 22 anos de idade, chegou no PS com palpitações taquicárdicas há cerca de 30 minutos sem outras queixas clínicas ou antecedentes. Sinais vitais de chegada: FC=180 bpm, PA= 120/80mmHg, temp= 36°C, Saturação O2 = 98%, FR= 12 ipm. Ao exame: BEG, corada, acianótica, vigil, anictérica, pulmões limpos, RCR em 2T, BNF sem sopros, Abdome normal. ECG mostrado na figura. (VER IMAGEM) Qual a conduta inicial?

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Em casos de taquicardia paroxística supraventricular (taqui supra), o ECG geralmente apresenta QRS estreito, ausência de onda P e ritmo regular. Essa condição pode ser classificada em dois tipos: reentrada nodal, mais prevalente em mulheres entre 40 a 50 anos, e reentrada AV, que ocorre com maior frequência em jovens. O tratamento para a taqui supra deve ser baseado na estabilidade hemodinâmica do paciente.

Quando falamos em sinais de instabilidade hemodinâmica, é importante observar: dor torácica anginosa, dispneia, edema agudo de pulmão, sinais de baixa perfusão, hipotensão, choque e rebaixamento do nível de consciência.

Se o paciente apresentar instabilidade hemodinâmica, a conduta inicial indicada é:

  • Cardioversão elétrica sincronizada, utilizando uma energia de 50 a 100 J.

Por outro lado, quando o paciente se encontra estável, as opções de tratamento podem incluir:

  1. Manobra vasovagal: Como massagem no seio carotídeo (evitar em idosos devido ao risco de AVC) ou uma manobra vasovagal modificada.
  2. Adenosina: Administrada em dose inicial de 6 mg IV, podendo ser aumentada até 18 mg caso não haja resposta. A adenosina tem meia-vida de 10 segundos e pode causar uma sensação de morte iminente como efeito colateral.
  3. Uso de bloqueadores de canais de cálcio (BBC) ou beta-bloqueadores (BB): Caso a adenosina não seja eficaz.

Considerando o caso clínico de uma mulher de 22 anos com palpitações taquicárdicas há cerca de 30 minutos e sinais vitais de chegada estáveis (FC = 180 bpm, PA = 120/80 mmHg, Saturação O2 = 98%), com exame físico normal, a conduta inicial seria avaliar sua estabilidade hemodinâmica. Como não apresenta sinais de instabilidade, o tratamento poderia seguir com manobras vasovagais ou uso de adenosina, conforme descrito.

Qual é a principal indicação de um marcapasso definitivo em pacientes com bloqueio atrioventricular avançado?

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Para esta questão, vamos abordar um aspecto crucial do tratamento das bradiarritmias. A principal indicação para a implantação de um marcapasso definitivo em pacientes com bloqueio atrioventricular avançado é a presença de sintomas de síncope ou pré-síncope. Esses sintomas indicam que a bradicardia resultante do bloqueio atrioventricular está afetando a perfusão cerebral, colocando o paciente em risco de eventos adversos graves. A síncope é uma perda temporária da consciência causada por uma diminuição no fluxo sanguíneo cerebral, que pode ser precipitada por uma bradicardia significativa em pacientes com bloqueio atrioventricular. A implantação de um marcapasso ajuda a regularizar o ritmo cardíaco, prevenindo essas quedas perigosas na frequência cardíaca.

  • A) Presença de hipertensão arterial: Não é uma indicação direta para a implantação de um marcapasso.
  • B) Frequência cardíaca maior que 100 bpm: Geralmente não está associada ao bloqueio atrioventricular e não é uma indicação para marcapasso.
  • C) Episódios assintomáticos de bloqueio atrioventricular de primeiro grau: Não indicam a necessidade de marcapasso, pois esses pacientes geralmente não apresentam sintomas significativos.
  • D) Sintomas de síncope ou pré-síncope associados ao bloqueio atrioventricular: Correto. Indicação clara para a implantação de um marcapasso definitivo.

(REVALIDA - INEP, 2024) Um homem com 26 anos é levado por amigos para o pronto-socorro devido a palpitações, tonturas e mal-estar. Relata que a sintomatologia iniciou abruptamente há 2 horas. Os amigos contam que estavam com ele em uma festa e confirmam consumo de bebida alcoólica, mas negam consumo de drogas ilícitas. O paciente nega episódios prévios ou comorbidades. Ao exame físico, apresenta-se com pulso irregular, com frequência cardíaca em torno de 123 bpm. A pressão arterial é de 118 x 68 mmHg e, à ausculta cardíaca, não apresenta sopros, mas verifica-se ritmo irregular, não se constatando outras alterações nesse exame. O eletrocardiograma mostra linha de base serrilhada, presença de onda F, intervalo RR irregular e frequência de 125 bpm. Nesse contexto, a abordagem desse paciente deve incluir:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Na situação apresentada, o paciente jovem com fibrilação atrial de início recente e desencadeada por consumo de álcool é um típico exemplo da "síndrome do coração de feriado". Esse fenômeno ocorre devido ao aumento do tônus adrenérgico e aos efeitos diretos do álcool no miocárdio, resultando em uma arritmia autolimitada na maioria dos casos. O manejo inicial deve focar no controle da frequência cardíaca e na reversão ao ritmo sinusal se necessário. Betabloqueadores, como metoprolol, são frequentemente utilizados para esse fim, proporcionando uma redução na frequência cardíaca e alívio dos sintomas sem os riscos associados à desfibrilação ou uso de antiarrítmicos inapropriados. É importante monitorar o paciente e, se necessário, realizar uma cardioversão elétrica eletiva após a estabilização e avaliação de riscos adicionais, como a presença de trombos intracardíacos através de um ecocardiograma transesofágico, se a arritmia persistir por mais de 48 horas.

  • Análise da Alternativa A: O uso de betabloqueadores é uma abordagem comum no controle da resposta ventricular em pacientes com fibrilação atrial (FA), especialmente em casos onde a frequência cardíaca é elevada e o paciente está hemodinamicamente estável. A fibrilação atrial, frequentemente desencadeada por consumo excessivo de álcool, conhecido como "síndrome do coração de feriado", pode apresentar-se com palpitações e ritmo irregular no ECG. Dado que o paciente está estável, sem sinais de comprometimento hemodinâmico ou isquemia, a administração de um betabloqueador pode ajudar a controlar a frequência cardíaca e aliviar os sintomas.
  • Análise da Alternativa B: A desfibrilação ventricular é indicada em casos de arritmias ventriculares potencialmente fatais, como taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular. No entanto, o ECG do paciente revela características de fibrilação atrial, não indicando a necessidade de desfibrilação. Este tratamento seria inadequado e desnecessário para o quadro clínico apresentado.
  • Análise da Alternativa C: A massagem do seio carotídeo é uma manobra vagal utilizada para tratar algumas formas de taquicardia supraventricular paroxística, como taquicardia por reentrada nodal. No entanto, a eficácia desta técnica em casos de fibrilação atrial é limitada e geralmente não é recomendada como primeira linha de tratamento. Além disso, a realização dessa manobra pode ser arriscada em pacientes com contraindicações como aterosclerose carotídea.
  • Análise da Alternativa D: A administração de lidocaína endovenosa é indicada no manejo de arritmias ventriculares, como taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. Lidocaína atua como um antiarrítmico de classe IB, eficaz principalmente em arritmias ventriculares. No entanto, não é indicada para o manejo de fibrilação atrial, tornando essa alternativa inadequada para o quadro clínico do paciente.

Associe cada tipo de TSVP com sua característica correta.

  1. Taquicardia por reentrada nodal
  2. Taquicardia atrial
  3. Taquicardia por reentrada em via acessória ortodrômica
a) Presença de onda P negativa em D2 b) QRS alargado com onda delta c) QRS estreito com frequência regular e onda P frequentemente oculta no QRS

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Pra lembrar: Taquicardia Supraventricular Paroxística são arritmias rápidas originadas acima dos ventrículos e podem ser classificadas conforme o mecanismo.Análise das associações:

  • 1. Taquicardia por reentrada nodal (1c): Caracteriza-se por QRS estreito, frequência regular e ondas P frequentemente ocultas no QRS.
  • 2. Taquicardia atrial (2a): Pode mostrar ondas P negativas em D2, indicando um foco ectópico atrial.
  • 3. Taquicardia por reentrada em via acessória ortodrômica (3b): Geralmente tem QRS estreito, mas na forma antidrômica (não listada aqui), pode ter QRS alargado com onda delta.
Dica:Ao analisar um ECG com TSVP, preste atenção na morfologia do QRS e na relação das ondas P com o complexo QRS.

(SCMGO - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA, 2021) Leia o caso clínico a seguir. Paciente M.A.N, de 68 anos, portadora de doença de Chagas, sem uso de medicações prévias, é encaminhada ao pronto-socorro após episódio de síncope. O seguinte eletrocardiograma foi realizado na emergência.

Após avaliação do eletrocardiograma e ter sido descartada a síndrome coronariana aguda, qual deve ser a conduta?

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Alternativas Analisadas
Alternativa A: Manter a paciente em observação, pois o eletrocardiograma não evidenciou nenhuma alteração.
  • Errada: O ECG está claramente alterado, indicando um BAVT, que é uma condição grave e requer intervenção imediata com marcapasso.
Alternativa B: Encaminhar a paciente para realizar um Holter de 24 horas, por se tratar de bloqueio atrioventricular de 1º grau.
  • Errada: Não há indicação de Holter, pois já foi identificado um bloqueio atrioventricular total, que é uma bradiarritmia grave sintomática, requerendo marcapasso.
Alternativa C: Encaminhar a paciente para colocação de marcapasso, por se tratar de um bloqueio atrioventricular total sintomático.
  • Correta: A paciente deve receber um marcapasso definitivo, sendo indicado um marcapasso transvenoso como ponte em caso de instabilidade hemodinâmica.
Alternativa D: Liberar a paciente, pois esses sintomas são comuns na doença de Chagas.
  • Errada: Jamais se deve liberar uma paciente com BAVT sem a colocação de um marcapasso, devido ao risco de novas síncopes e complicações graves.

(PUC - SP - PUC - SOROCABA, 2020) O diagnóstico eletrocardiográfico e a melhor conduta a ser tomada seriam:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Alternativa A: Bradicardia sinusal; adrenalina 1mg IV em bolus.
  • Errada: O diagnóstico de bradicardia sinusal não corresponde aos achados do ECG, que mostram dissociação atrioventricular completa. A administração de adrenalina não é a conduta adequada para um bloqueio atrioventricular total.
Alternativa B: Bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo I; chamar especialista.
  • Errada: O ECG mostra um bloqueio atrioventricular total, não um bloqueio de segundo grau tipo I (Mobitz I). No Mobitz I, há um aumento progressivo do intervalo PR até que uma onda P não seja conduzida, o que não é o caso aqui.
Alternativa C: Bloqueio atrioventricular total; marcapasso transcutâneo.
  • Correta: O diagnóstico correto é de bloqueio atrioventricular total (BAVT), caracterizado por intervalos R-R e P-P constantes e intervalo P-R variável, indicando dissociação atrioventricular completa. A conduta imediata é a colocação de um marcapasso transcutâneo para estabilizar o paciente até que um marcapasso definitivo possa ser implantado .
Alternativa D: Bloqueio atrioventricular total; Dobutamina.
  • Errada: Dobutamina é um inotrópico utilizado para suporte hemodinâmico, mas não resolve a dissociação atrioventricular no BAVT. A prioridade é reestabelecer a condução atrioventricular com um marcapasso.

Mãe de menina de 12 anos, foi chamada à escola pois professora relatou que sua filha teve um episódio de síncope durante aula de educação física. Ao perguntar sobre o ocorrido, a professora diz que a menina estava fazendo abdominais e logo após se levantar rapidamente caiu no chão inconsciente. Refere que esse episódio foi rápido e a menina voltou a consciência em menos de 2 minutos, apesar de muito pálida. Sobre síncope na infância, assinale a alternativa correta:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

A síncope vasovagal é a principal causa de desmaio em crianças e adolescentes, respondendo por mais de 80% dos casos nessa faixa etária. Essa condição está relacionada a uma perda súbita do tônus vasomotor, o que resulta em bradicardia ou até mesmo assistolia, gerando a perda de consciência, que ocorre de forma rápida e geralmente não ultrapassa 2 minutos. A recuperação é imediata, mas a criança pode apresentar sintomas como palidez, sudorese e amnésia temporária.

Esse tipo de síncope, conhecida também como síncope autonômica, ocorre devido a uma resposta anormal ao reflexo de Bezold-Jarisch, que regula a pressão arterial durante a posição ortostática. Quando uma pessoa fica muito tempo de pé, pode ocorrer um represamento de sangue, o que diminui o retorno venoso e a pré-carga ventricular. Em indivíduos sem predisposição à síncope, esse fenômeno é compensado por um aumento da atividade simpática, que eleva a frequência cardíaca e a força de contração do coração.

No entanto, em pacientes com predisposição à síncope vasovagal, essa resposta é exagerada. Como consequência, a contratilidade do ventrículo vazio se torna excessiva e o sistema parassimpático é ativado para inibir essa contração, resultando em bradicardia e hipotensão.

O tratamento inicial para esse quadro envolve o aumento da ingestão de fluidos e sal. A hidratação adequada, com pelo menos 2 litros de líquidos por dia, e o aumento do consumo de sal até 10g de sódio diários, são essenciais, especialmente em pacientes com episódios recorrentes.

  • Alternativa A - Incorreta: Embora a síncope autonômica esteja associada à perda do tônus vasomotor, o mecanismo descrito na alternativa refere-se mais à síncope reflexa, e não à vasovagal. A vasovagal é caracterizada por bradicardia e hipotensão devido a uma resposta exagerada ao reflexo de Bezold-Jarisch.
  • Alternativa B - Incorreta: Distúrbios metabólicos como a hipoglicemia são raros como causa de síncope em crianças e adolescentes. As causas metabólicas de síncope são, em sua maioria, incomuns.
  • Alternativa C - Incorreta: O hemograma, glicemia e eletrólitos séricos têm utilidade limitada na investigação de síncope autonômica, uma vez que as causas metabólicas são muito raras em crianças.
  • Alternativa D - Correta: O tratamento inicial da síncope vasovagal inclui a ingestão aumentada de sal e líquidos. Segundo o Tratado de Pediatria da SBP, a ingestão mínima de fluidos deve ser de 2 L/dia, e o sal deve ser aumentado até 10g de sódio por dia em casos de sintomas recorrentes.
  • Alternativa E - Incorreta: A fludrocortisona, embora indicada devido ao seu efeito mineralocorticoide, é administrada em doses menores, entre 0,1 a 0,2 mg/dia, conforme recomendado no Tratado de Pediatria da SBP.

Gabarito: Alternativa D.

(HASP - HOSPITAL DA AERONÁUTICA DE SÃO PAULO, 2024) Homem, 58 anos, com antecedente de DPOC, está em observação em um pronto socorro recebendo tratamento para um quadro de DPOC exacerbado por pneumonia bacteriana. O paciente apresenta episódio súbito de perda de consciência seguida de movimento tônico e o alarme do monitor dispara com a presença da arritmia que pode ser identificada abaixo.

O diagnóstico foi imediato, a terapêutica realizada e o paciente retornou ao status basal. Considerando que todas as medicações abaixo estão sendo utilizadas pelo paciente, assinale a alternativa de qual medicação deve ser suspensa nesta situação.

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Torsades de Pointes, a bonitinha que está sendo cobrada nessa questão: esse é o tipo de taquicardia ventricular que pode ser potencialmente fatal se não tratado adequadamente. A característica distintiva da Torsades de Pointes é a oscilação gradual da amplitude e direção do QRS, dando a impressão de que o traçado está "torcendo". Esta arritmia é frequentemente precipitada por um intervalo QT prolongado, que pode ser causado por diversos medicamentos, incluindo a azitromicina. Outros fatores que podem predispor à Torsades de Pointes incluem desequilíbrios eletrolíticos, como hipocalemia e hipomagnesemia, além de condições congênitas que afetam a repolarização cardíaca.

  • Análise da Alternativa A: Azitromicina é um antibiótico macrolídeo comumente utilizado no tratamento de infecções bacterianas, incluindo pneumonia. Embora eficaz contra uma variedade de patógenos, a azitromicina pode prolongar o intervalo QT e predispor a arritmias ventriculares, especialmente em pacientes com comorbidades cardiovasculares. Nesse contexto, o uso de azitromicina em um paciente com DPOC exacerbado e apresentando arritmia deve ser reavaliado. Portanto, esta é a medicação que deve ser suspensa devido ao risco aumentado de arritmias.
  • Análise da Alternativa B: Prednisona é um corticosteroide administrado para reduzir a inflamação e melhorar a função pulmonar em pacientes com DPOC exacerbado. Seu uso é essencial para o manejo agudo da exacerbação e não está associado ao desenvolvimento de arritmias ventriculares agudas. Portanto, a prednisona não deve ser suspensa nesta situação.
  • Análise da Alternativa C: Ceftriaxone é uma cefalosporina de terceira geração usada no tratamento de infecções bacterianas graves, como a pneumonia. É uma medicação de escolha em muitos casos de exacerbação de DPOC associada a infecção bacteriana. Não há uma associação direta entre ceftriaxone e a indução de arritmias ventriculares. Portanto, esta medicação não deve ser suspensa.
  • Análise da Alternativa D: Salbutamol é um agonista β2-adrenérgico utilizado para aliviar o broncoespasmo em pacientes com DPOC. No entanto, altas doses ou uso frequente podem levar a efeitos adversos cardiovasculares, incluindo taquicardia e arritmias. Dado o episódio de arritmia do paciente, a inalação com salbutamol deve ser cuidadosamente monitorada e ajustada, mas não necessariamente suspensa, pois é crucial para o manejo da broncoconstrição. Contudo, a suspensão não é a conduta imediata recomendada, mas sim a reavaliação da dosagem e frequência.

Qual das seguintes condições é uma indicação para a utilização de marcapasso temporário?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

O uso de marcapasso temporário é indicado em situações onde há necessidade urgente de estabilizar a frequência cardíaca até que uma solução definitiva possa ser implementada. Durante um infarto agudo do miocárdio, a bradicardia sinusal pode comprometer a perfusão coronariana e agravar a isquemia. Nesses casos, o marcapasso temporário é utilizado para aumentar a frequência cardíaca e melhorar a hemodinâmica do paciente. O marcapasso temporário é particularmente útil em situações agudas e reversíveis, como a bradicardia induzida por infarto, onde a estabilização do ritmo cardíaco é essencial até que o tratamento definitivo do infarto seja realizado. A inserção do marcapasso temporário é uma medida intermediária crucial que pode salvar vidas, estabilizando o paciente e prevenindo complicações hemodinâmicas graves. Em casos de infarto agudo do miocárdio com bradicardia sinusal significativa, o uso de marcapasso temporário é uma intervenção vital.

Alternativa a alternativa, vamos analisar:
  • A) Bloqueio de ramo direito com morfologia rSR' em V1: Essa condição geralmente não requer intervenção imediata com marcapasso temporário, pois o bloqueio de ramo direito, especialmente com morfologia rSR', pode ser um achado benigno.
  • B) Bradicardia sinusal durante infarto agudo do miocárdio: Correto. A bradicardia sinusal durante um infarto pode comprometer a perfusão e a estabilidade hemodinâmica, justificando o uso de marcapasso temporário.
  • C) Bloqueio atrioventricular de primeiro grau: Esta condição geralmente não é indicação para marcapasso temporário, pois o bloqueio de primeiro grau é benigno e assintomático.
  • D) Taquicardia supraventricular paroxística: A indicação para marcapasso temporário é limitada, pois esta condição é tratada com outras intervenções, como manobras vagais ou medicamentos.

Durante último dia de trabalho no ambulatório, um de seus pacientes o questionou a respeito da necessidade de novos exames de imagem bem como, de novas medicações para tratamento de sua arritmia. Em relação a isso, assinale a alternativa INCORRETA:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Controle da Frequência Cardíaca na Fibrilação Atrial (FA)A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia comum que se caracteriza pela presença de uma frequência cardíaca (FC) aumentada. Para o manejo adequado dessa condição, é essencial controlar a FC, além de iniciar a anticoagulação quando necessário. O objetivo principal do controle da FC é mantê-la abaixo de 110 batimentos por minuto (bpm) em repouso. Isso visa minimizar os sintomas da FA, como as palpitações, melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir complicações, como insuficiência cardíaca e eventos tromboembólicos.Medicamentos para Controle da Frequência CardíacaAs principais classes de medicamentos utilizadas para controlar a FC na FA incluem:

  • Betabloqueadores (BB),
  • Digitálicos,
  • Verapamil,
  • Diltiazem,
  • Amiodarona (raramente utilizada).
Características do ECG na FAAo realizar o exame de eletrocardiograma (ECG), alguns sinais típicos da FA podem ser observados, como:
  • Frequência cardíaca elevada,
  • Ritmo irregularmente irregular,
  • Ausência de ondas P,
  • Presença de ondas f (não confundir com as ondas F do flutter atrial).
Analisando as AlternativasAgora, vamos avaliar as alternativas apresentadas na questão:
  • Alternativa A – Correta: A FA é uma taquiarritmia que geralmente não está associada à deterioração significativa da função ventricular. Dessa forma, a realização de avaliações periódicas da função ventricular é indicada, mas não com uma frequência excessiva.
  • Alternativa B – Incorreta: Os betabloqueadores são, de fato, os medicamentos mais utilizados para o controle da FC na FA. Essa alternativa está errada, pois sugere que outra medicação seria mais comumente utilizada.
  • Alternativa C – Correta: A condução da arritmia e a influência do sistema nervoso autônomo (SNA) são os fatores mais determinantes na função ventricular em casos de FA.
  • Alternativa D – Correta: Embora os betabloqueadores sejam os fármacos mais frequentemente empregados, existem várias outras opções terapêuticas disponíveis, como demonstrado anteriormente.
Conclusão: A alternativa incorreta é a alternativa B, pois ela contém uma afirmação errada sobre a frequência de uso dos betabloqueadores no controle da FC na fibrilação atrial.