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Atendimento Inicial ao Politraumatizado

Homem 34 anos vitima de acidente motociclístico em rodovia, colisão frontal com veículo compacto, chega à emergência do hospital com os seguintes sinais: pressão arterial de 70/50 mmHg; frequência cardíaca de 150 bpm e frequência respiratória de 28 ipm. Sua saturação de oxigênio é de 90% com máscara 10 L/min e Glasgow 14. Ao exame físico as vias aéreas estão pérveas; murmúrio vesicular presente bilateralmente, porém discretamente diminuído à direita. A ausculta cardíaca as bulhas estão rítmicas, normofonéticas sem sopros, e paciente está taquicárdico. Pupilas isoforeagentes. Sem sangramento externo. Apresenta-se com perda do tônus esfincteriano anal e perda de sensibilidade abaixo de T8. Realizado reposição de dois litros de cristaloide aquecido. Qual o próximo passo na investigação deste paciente?

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

CCQ: O USG FAST é indicado para investigação de hemorragias internas em pacientes com instabilidade hemodinâmica.

A sequência de atendimento ao paciente politraumatizado segue a ordem das principais causas de mortalidade, o que justifica a estrutura do protocolo. Não se trata de uma sequência arbitrária, mas sim de uma abordagem sistemática e eficaz.

  • A - Airway (Vias Aéreas): Nesta fase, a primeira medida é imobilizar a cervical do paciente, caso haja risco de trauma. Verifica-se se o paciente consegue se comunicar verbalmente. Se sim, isso indica que as vias aéreas estão pérvias. Caso contrário, deve-se realizar manobras como jaw thrust e chin lift, além do uso de uma cânula de Guedel para garantir a permeabilidade das vias aéreas.
  • B - Breathing (Respiração): Aqui, é necessário realizar uma avaliação física completa do sistema respiratório, que inclui inspeção, palpação, percussão e ausculta.
  • C - Circulation (Circulação): O foco dessa etapa é identificar sinais de choque e hemorragias. Para hemorragias externas, a compressão direta é a primeira ação. Em casos de pacientes com sinais de choque, mas sem hemorragias externas visíveis, deve-se utilizar o ultrassom FAST para detectar hemorragias internas, como as abdominais e pélvicas, além de iniciar reposição volêmica.
  • D - Disability (Deficiência): Nesta fase, realiza-se a avaliação neurológica utilizando a Escala de Coma de Glasgow e a observação dos reflexos pupilares.
  • E - Exposure (Exposição): Consiste na retirada de roupas e objetos do paciente para uma avaliação completa de lesões, fraturas e outros possíveis danos.

No caso específico apresentado, as vias aéreas do paciente estão pérvias, e a avaliação pulmonar já foi realizada. A diminuição dos murmúrios vesiculares à direita pode sugerir um derrame pleural, o que poderia prejudicar a oxigenação. Além disso, a avaliação neurológica já foi feita, e o paciente apresenta sinais de possível trauma raquimedular, o que pode ser confuso, pois não é a causa imediata da morte nesse tipo de caso. A informação crucial para resolver essa questão está nos sinais de choque do paciente: pressão arterial de 70/50 mmHg, frequência cardíaca de 150 bpm e frequência respiratória de 28 ipm. Com isso, o próximo passo é buscar a origem da hemorragia interna, o que deve ser feito com o exame FAST, já que a reposição volêmica já foi realizada.

Analisando as alternativas:

  • A: Incorreta: Dada a instabilidade hemodinâmica do paciente, a abordagem deve ser mais agressiva do que apenas o exame físico. O foco deve ser rapidamente a identificação da hemorragia interna.
  • B: Incorreta: A tomografia computadorizada (TC) é indicada apenas em casos de pacientes estáveis. Para pacientes instáveis, o tempo necessário para o transporte e realização do exame pode agravar o quadro.
  • C: Correta: O ultrassom FAST é o exame ideal para investigar hemorragias internas em pacientes com instabilidade hemodinâmica, pois é rápido, tem alta sensibilidade e pode ser realizado prontamente na sala de emergência.
  • D: Incorreta: O lavado peritoneal diagnóstico, embora sensível para detectar sangue no peritônio, está em desuso devido ao tempo necessário para sua realização. O ultrassom FAST é preferido por ser mais ágil.

Portanto, a resposta correta é a letra C.

Informações sobre o paciente:
Homem, 34 anos, vítima de acidente motociclístico em rodovia, colisão frontal com veículo compacto. Apresenta-se com os seguintes sinais: pressão arterial de 70/50 mmHg, frequência cardíaca de 150 bpm, frequência respiratória de 28 ipm, saturação de oxigênio de 90% com máscara a 10 L/min, Glasgow 14. No exame físico, as vias aéreas estão pérveas, os murmúrios vesiculares estão presentes, porém discretamente diminuídos à direita. As bulhas cardíacas estão normofonéticas e rítmicas, sem sopros. O paciente está taquicárdico. As pupilas são isofóricas e reagentes à luz. Não há sangramento externo visível. O paciente apresenta perda do tônus esfincteriano anal e perda de sensibilidade abaixo de T8. Foi realizada reposição de 2 litros de cristaloide aquecido. O próximo passo na investigação deste paciente é:

PR - ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ - AMP - 2023 - RESIDÊNCIA (ACESSO DIRETO) (Adaptada) - Com a chegada do paciente politraumatizado à sala de trauma, o estado da via aérea deve ser imediatamente avaliado. Em relação a este tema, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:

  • I) A obtenção de uma via aérea definitiva no paciente vítima de trauma está indicada, entre outras indicações, nos casos de rebaixamento do nível de consciência com o objetivo de proteção da via aérea, PORTANTO
  • II) é importante que seja realizada através da técnica de sequência rápida e, se necessário, a mobilização cervical livre com hiperextensão está indicada.
 

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Vamos pra mais uma questão recente de acesso direto: a avaliação e a garantia das vias aéreas são prioridades no atendimento inicial de pacientes politraumatizados. Estes pacientes frequentemente apresentam risco de comprometimento das vias aéreas devido a várias razões, incluindo rebaixamento do nível de consciência, lesões faciais graves ou obstrução das vias aéreas superiores.

Primeira Assertiva:
"A obtenção de uma via aérea definitiva no paciente vítima de trauma está indicada, entre outras indicações, nos casos de rebaixamento do nível de consciência com o objetivo de proteção da via aérea."¨- Esta assertiva é verdadeira. Pacientes com rebaixamento do nível de consciência, como indicado por uma baixa pontuação na Escala de Coma de Glasgow, não conseguem proteger adequadamente suas vias aéreas, colocando-os em risco de aspiração e obstrução. Portanto, nesses casos, é crucial garantir uma via aérea definitiva, geralmente através de intubação orotraqueal.
Segunda Assertiva:
"É importante que seja realizada através da técnica de sequência rápida e, se necessário, a mobilização cervical livre com hiperextensão está indicada."¨- Esta assertiva é parcialmente correta, mas contém um erro crítico. A técnica de sequência rápida de intubação (RSI) é de fato a abordagem preferida para garantir uma via aérea definitiva em pacientes com trauma, pois permite uma intubação rápida e segura, minimizando o tempo de manipulação das vias aéreas e o risco de aspiração. No entanto, a parte da assertiva que menciona "mobilização cervical livre com hiperextensão" está incorreta.
Por que a mobilização cervical livre com hiperextensão está errada?
Em pacientes vítimas de trauma, especialmente aqueles com suspeita de lesão na coluna cervical, a imobilização cervical deve ser rigorosamente mantida para prevenir danos adicionais à medula espinhal. A hiperextensão do pescoço pode exacerbar lesões cervicais existentes ou causar novas lesões. A abordagem correta inclui a manutenção da coluna cervical em alinhamento neutro durante a intubação, utilizando dispositivos como colares cervicais rígidos e suporte manual da cabeça.
Portanto:
  • A primeira assertiva é verdadeira, pois a obtenção de uma via aérea definitiva é necessária em pacientes com rebaixamento do nível de consciência para proteger as vias aéreas.
  • A segunda assertiva é falsa, pois, embora a sequência rápida de intubação seja indicada, a hiperextensão cervical não é recomendada em pacientes com trauma devido ao risco de lesão da coluna cervical.

Paciente vítima de queda de moto há instantes, apresenta à admissão, no pronto atendimento, deformidade na perna esquerda, com laceração profunda de mais de 1,0cm na mesma região, sem sangramento importante. Ao exame, PA: 120x80mmHg e FC: 80bpm. Dentre as opções abaixo, assinale a alternativa ERRADA:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

As lesões traumáticas matam numa sequência temporal previsível, isto é, a obstrução das vias aéreas leva mais rapidamente ao óbito do que problemas de respiração, que por sua vez, levam ao óbito antes da hemorragia, que também acarreta morte mais rapidamente que os problemas neurológicos. O atendimento inicial ao traumatizado baseia-se na percepção desses conceitos. Desse modo qual é a sequência de avaliação e intervenção que deve ser observada:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Comentários sobre a questão:

Quando tratamos de um paciente politraumatizado, é essencial seguir a abordagem sistemática e estruturada do protocolo de trauma, conforme recomendado pelo ATLS. Essa abordagem é fundamentada na ordem de prioridades ABCDE, sendo crucial que cada etapa seja resolvida antes de avançarmos para a próxima. Vamos entender como a aplicação correta dessa sequência se dá durante o atendimento inicial.

Primeiramente, garantimos a permeabilidade das vias aéreas (A - Airway). Esse é o primeiro passo, pois a obstrução das vias aéreas pode rapidamente levar à morte do paciente. Após isso, passamos para a etapa B (Breathing), em que a ventilação e oxigenação adequadas são fundamentais para a sobrevivência.

A próxima fase, C (Circulation), se concentra na hemodinâmica do paciente, com foco em controlar a hemorragia e, se necessário, realizar a reanimação volêmica para estabilizar a circulação.

Após essas etapas, seguimos para a avaliação neurológica, que é a fase D (Disability). Aqui, a aplicação da escala de Glasgow e o teste da fotorreação pupilar são essenciais para entender o estado neurológico do paciente.

Finalmente, na etapa E (Exposure), devemos expor o paciente completamente para investigar possíveis lesões adicionais ou focos de sangramentos não detectados nas fases anteriores. Além disso, é crucial prevenir a hipotermia, utilizando cobertores aquecidos e, se necessário, a infusão de líquidos aquecidos.

Vamos às alternativas:

  • Alternativa A - Correta: A alternativa descreve corretamente todos os passos do protocolo em ordem adequada.
  • Alternativa B - Incorreta: O paciente só será intubado caso haja indicação para intubação orotraqueal (IOT), não sendo parte da abordagem inicial em todos os casos.
  • Alternativa C - Incorreta: Embora a ordem dos passos esteja certa, a alternativa omite alguns elementos importantes da abordagem inicial.
  • Alternativa D - Incorreta: A história do trauma deve ser abordada somente após a realização completa do protocolo ABCDE.
  • Alternativa E - Incorreta: Após a abordagem inicial ABCDE, a atenção se volta para sondas, drenos e investigação detalhada do mecanismo do trauma e histórico do paciente.

Gabarito: Letra A. O protocolo ABCDE é essencial, e cada uma dessas etapas deve ser seguida na ordem, considerando a sequência de prioridades para garantir a sobrevivência do paciente. A obstrução das vias aéreas, por exemplo, é um risco imediato e deve ser tratada antes de qualquer outra intervenção, com a sequência das etapas acontecendo conforme a gravidade de cada condição.

Um homem de 28 anos é trazido ao pronto-socorro após um acidente automobilístico. Ele foi encontrado inconsciente, preso nas ferragens, e levado ao hospital pela equipe de resgate. No local do acidente, foi observado que o paciente estava com respiração irregular e sinais de trauma facial significativo. Ele foi imobilizado em prancha rígida com colar cervical e administrado oxigênio sob máscara. Ao chegar ao hospital, seus sinais vitais eram: pressão arterial 90/60 mmHg, frequência cardíaca 120 bpm, saturação de oxigênio 85% com máscara de oxigênio a 10 L/min. O exame físico revelou crepitação subcutânea no pescoço, ausência de murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo e distensão das veias jugulares. Qual é a próxima etapa mais adequada na abordagem deste paciente?

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Eaí Azoner! Vamos entender essa questão? Este caso clínico apresenta um paciente politraumatizado com sinais claros de pneumotórax hipertensivo. Este diagnóstico é sustentado pela presença de distensão das veias jugulares, ausência de murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo, e crepitação subcutânea no pescoço, associados a um quadro de trauma significativo. O pneumotórax hipertensivo é uma emergência médica que requer intervenção imediata para evitar a deterioração rápida do paciente. A inserção imediata de um dreno torácico é crucial para aliviar a pressão acumulada e permitir a reexpansão do pulmão afetado. Este procedimento deve ser realizado antes de qualquer exame de imagem, pois a condição é potencialmente fatal se não tratada prontamente. A localização recomendada para a toracostomia é o quinto espaço intercostal, na linha axilar média, que facilita a drenagem eficaz. Embora a intubação orotraqueal seja essencial para proteger as vias aéreas em muitos casos de trauma, a prioridade aqui é aliviar o pneumotórax hipertensivo para estabilizar o paciente hemodinamicamente. A administração de cristaloides aquecidos é importante para a reposição volêmica, especialmente em pacientes com hipotensão, mas não é a intervenção prioritária no manejo do pneumotórax hipertensivo. A TC do tórax pode ser útil para avaliação detalhada das lesões, mas apenas após a estabilização inicial do paciente.

Análise das alternativas:
  • a) Inserção imediata de dreno torácico no hemitórax esquerdo: Correta. A intervenção prioritária no manejo de pneumotórax hipertensivo é a descompressão imediata através de drenagem torácica.
  • b) Realização de tomografia computadorizada do tórax: Incorreta. Embora importante para avaliação detalhada, a TC não é a intervenção imediata e prioritária em casos de pneumotórax hipertensivo.
  • c) Intubação orotraqueal para proteção das vias aéreas: Incorreta. A intubação é importante para proteger as vias aéreas, mas não é a intervenção imediata em um quadro de pneumotórax hipertensivo.
  • d) Administração de cristaloides aquecidos intravenosos: Incorreta. A reposição volêmica é crucial em pacientes com choque, mas a prioridade aqui é a descompressão do pneumotórax.

(SP - HOSPITAL MILITAR DE ÁREA DE SÃO PAULO - HMASP - 2018 - ACESSO DIRETO - Adaptada) - No atendimento inicial ao politraumatizado que chega ao pronto socorro com estômago e bexiga cheia e Glasgow 4, devemos inicialmente:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

O atendimento inicial ao paciente politraumatizado deve seguir um protocolo rigoroso e sistematizado para garantir a estabilização e o tratamento adequado das lesões que representam risco iminente à vida. Este protocolo começa com a avaliação e manutenção das vias aéreas, seguido pela avaliação da respiração e circulação.Quando um paciente chega ao pronto-socorro com um escore de Glasgow 4, isso indica um nível muito baixo de consciência, possivelmente associado a uma lesão cerebral grave, intoxicação ou outras causas que comprometem a função neurológica. A prioridade nesses casos é garantir a via aérea, uma vez que a capacidade do paciente de manter uma respiração espontânea e eficaz está comprometida.

Intubação Orotraqueal em Sequência Rápida (IOT-SR):
A intubação orotraqueal em sequência rápida é a técnica preferida em pacientes com rebaixamento do nível de consciência, como um Glasgow de 4, pois permite um controle rápido e seguro das vias aéreas, minimizando o risco de aspiração e hipoxemia. A sequência rápida de intubação envolve a administração de agentes de indução e relaxantes musculares de ação rápida para facilitar a passagem do tubo endotraqueal sem necessidade de ventilação assistida prolongada, o que é crucial em pacientes com risco de aspiração.
Por que a IOT-SR é Prioritária:
  1. Proteção das Vias Aéreas: Com um Glasgow de 4, o paciente tem risco aumentado de aspiração de conteúdo gástrico, especialmente se o estômago estiver cheio. A intubação rápida protege as vias aéreas desse risco.
  2. Garantia de Ventilação: A baixa pontuação no escore de Glasgow indica uma provável incapacidade de manter ventilação espontânea eficaz, necessitando ventilação mecânica para garantir oxigenação adequada.
  3. Prevenção de Complicações: A intubação rápida evita a necessidade de manipulações prolongadas das vias aéreas que poderiam levar a complicações adicionais em um paciente instável.
Explicação das Alternativas:
  • A) Passagem de sonda nasogástrica para descompressão do estômago - Incorreto. Embora a descompressão gástrica seja importante em pacientes com estômago cheio para prevenir aspiração, a prioridade inicial é garantir a via aérea com a intubação orotraqueal. A sonda nasogástrica pode ser passada após a estabilização das vias aéreas.
  • B) Passar sonda vesical - Incorreto. A sonda vesical é importante para monitorar a diurese e avaliar a função renal, especialmente em situações de choque, mas não é uma prioridade frente à necessidade de controlar as vias aéreas em um paciente com rebaixamento grave do nível de consciência.
  • C) Intubação orotraqueal após administração de fentanil - Incorreto. Embora o fentanil seja um bom agente analgésico, a sequência rápida de intubação geralmente utiliza uma combinação de agentes indutores (como etomidato ou midazolam) e bloqueadores neuromusculares (como succinilcolina ou rocurônio) para facilitar a intubação rápida e segura.
  • D) Intubação orotraqueal em sequência rápida - Correto. Esta é a intervenção prioritária para garantir a segurança das vias aéreas, prevenir aspiração e assegurar ventilação adequada em um paciente com Glasgow de 4.

A respeito de pacientes acometidos por traumas graves, julgue o próximo item. O posicionamento mais adequado para o exame inicial da vítima é o decúbito dorsal.

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Questão sobre o atendimento inicial ao paciente politraumatizado:

Quando lidamos com pacientes traumatizados, é fundamental que a avaliação inicial siga a sequência ABCDE, que busca identificar e tratar rapidamente as lesões que oferecem risco imediato à vida. Mesmo dentro dessa abordagem, o paciente deve ser analisado de forma global, para que outras lesões importantes não passem despercebidas. Para facilitar esse exame minucioso, a melhor posição para o paciente é o decúbito dorsal. Essa posição permite um controle cervical adequado, além de possibilitar a ausculta do tórax e da região cardíaca, a avaliação da ventilação e a análise da estabilidade da pelve. Essas ações tornam-se mais difíceis em outras posições, como o decúbito lateral ou ventral.

Importante: Caso o paciente esteja em outra posição ao ser encontrado, o controle cervical precisa ser realizado antes de movê-lo para o decúbito dorsal.

Portanto, o gabarito da questão é a letra A: Certo.

Um paciente de 45 anos procurou o pronto-socorro de hospital terciário, que tem todos os recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis, com dor abdominal há aproximadamente 24 horas, tipo pontada. A dor inicialmente era em região infraumbilical e de pequena intensidade. Tornou-se progressivamente mais intensa, passando a irradiar-se para o tórax e para o ombro direito. Negava outros fatores concomitantes. Estava em bom estado geral, mas tinha alteração do pulso, que tinha frequência de 120 bpm. O abdome era doloroso difusamente à palpação profunda, com sinal de Jobert presente, mas sem sinais de irritação peritoneal. Negava antecedentes médicos relevantes. Negava laparotomia, tabagismo, uso de medicações ou drogas ilícitas. Referia apenas ingesta alcoólica habitual (cerca de 20 g de álcool etílico/dia). Dos exames de laboratório solicitados, apenas o leucograma estava alterado: 17.580 leucócitos/mm³, sem desvio à esquerda. As radiografias, ilustradas a seguir, mostraram pneumoperitônio de grandes proporções. Foi indicada laparotomia exploradora. Na abertura da cavidade abdominal (incisão mediana), identificou-se saída de grande quantidade de gás, logo após a incisão do peritônio. Não se achou contaminação, nem líquido entérico. No inventário da cavidade, procedeu-se à inspeção e palpação de todos os órgãos, incluindo diafragma, estômago (foi explorada a retrocavidade dos epíplons), duodeno (após manobra de Kocher), intestino delgado e grosso (após descolamento de ambas as goteiras parietocólicas). Nenhuma alteração foi encontrada. Por fim, através da sonda nasogástrica, foi insuflado ar no estômago e não ocorreu escape aéreo. Foi ainda injetado azul de metileno, que também não extravasou para a cavidade peritoneal. Com relação à conduta adotada, é correto afirmar:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Questão sobre Pneumoperitônio Idiopático

Olá, time! Vamos discutir uma questão interessante sobre um diagnóstico e conduta pouco frequentes. O enunciado apresenta um quadro clínico com detalhes importantes e exames de imagem, exigindo atenção à decisão terapêutica. Vamos analisar o caso com calma.

O paciente, com 45 anos, procurou atendimento no pronto-socorro apresentando dor abdominal há 24 horas, inicialmente de intensidade leve e localizada na região infraumbilical, mas que foi se intensificando e irradiando para o tórax e ombro direito. Ele também apresentou alteração no pulso (120 bpm) e sinais de dor à palpação profunda, sem irritação peritoneal, além de leucocitose (17.580 leucócitos/mm³), sem desvio à esquerda.

O exame de imagem, especificamente a radiografia, revelou pneumoperitônio de grandes proporções, o que confirma a hipótese diagnóstica. A conduta indicada foi a laparotomia exploradora, com o objetivo de identificar a causa do pneumoperitônio. Durante o procedimento, a cavidade abdominal foi inspecionada e todos os órgãos foram cuidadosamente examinados: diafragma, estômago, duodeno e intestinos delgado e grosso. Não foram observadas perfurações ou outras anormalidades. Além disso, foi realizada a insuflação de ar no estômago e o teste com azul de metileno, que também não mostrou extravasamento para a cavidade peritoneal.

Com isso, a hipótese de um pneumoperitônio idiopático foi levantada, um diagnóstico de exclusão, que ocorre em cerca de 10% dos casos. Nesse contexto, a laparotomia foi essencial, pois o risco de não realizar a cirurgia era maior do que o benefício de uma possível causa idiopática. O diagnóstico definitivo só poderia ser feito após a exploração cirúrgica, uma vez que o pneumoperitônio poderia ser causado por uma perfuração não visível imediatamente ou uma outra condição grave que necessitasse de correção.

Alternativa A – Correta: Esta é a resposta correta, pois a exploração cirúrgica é imprescindível em casos de pneumoperitônio de causa desconhecida, dado o risco elevado de complicações graves caso a perfuração seja negligenciada.

Alternativa B – Incorreta: Não há indícios de que a causa do pneumoperitônio seja cistos de cólon, como sugerido por esta alternativa.

Alternativa C – Incorreta: O diagnóstico de exclusão é uma indicação clara de que a laparotomia deve ser realizada, já que não é possível determinar a causa do pneumoperitônio sem a exploração abdominal.

Alternativa D e E – Incorretas: Nenhuma outra investigação adicional seria indicada nesse momento, uma vez que o diagnóstico de pneumoperitônio já foi confirmado pelas radiografias, e a laparotomia é a próxima etapa necessária.

Resumo: A conduta cirúrgica foi corretamente indicada, e a laparotomia exploradora foi fundamental para o manejo adequado do caso. O diagnóstico de pneumoperitônio idiopático foi feito por exclusão, e o risco de não realizar a cirurgia era muito maior do que a possibilidade de encontrar uma causa benigna.

Uma mulher de 30 anos é trazida ao pronto-socorro após um acidente automobilístico. Ela está consciente, mas confusa, com uma pressão arterial de 90/60 mmHg, frequência cardíaca de 130 bpm, e saturação de oxigênio de 92%. O exame físico revela um abdome distendido e doloroso à palpação. Qual é o próximo passo na abordagem desta paciente?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Vamos pra mais uma questão, que fala sobre "Abdome Agudo Traumático". Este caso apresenta uma paciente com sinais de choque e um abdome distendido, sugerindo hemorragia intra-abdominal. O próximo passo envolve identificar e controlar a fonte do sangramento.

1. Identificação do choque:
A hipotensão e a taquicardia são indicativas de choque hipovolêmico, provavelmente devido à hemorragia intra-abdominal. A ressuscitação volêmica com cristaloides aquecidos é crucial para estabilizar hemodinamicamente a paciente. Após a estabilização inicial, uma avaliação diagnóstica, como FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) ou uma tomografia computadorizada de abdome, pode ser realizada para identificar a fonte do sangramento.
LEMBRE-SE: Em pacientes com trauma abdominal, a ressuscitação volêmica e o controle do sangramento são prioritários.
Análise das alternativas:
  • a) Realização de TC de abdome: Importante, mas deve ser feita após a estabilização inicial.
  • b) Ressuscitação volêmica com cristaloides aquecidos: Correta. A estabilização hemodinâmica é a prioridade.
  • c) Intubação orotraqueal: Pode ser necessária, mas não é a prioridade imediata.
  • d) Administração de analgésicos: Importante, mas não é a prioridade imediata.

Um homem de 40 anos é trazido ao pronto-socorro após cair de uma altura de 3 metros. Ele está consciente, com dor intensa na região lombar e incapaz de mover as pernas. Qual é o próximo passo na abordagem deste paciente?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Este caso apresenta um paciente com provável lesão na coluna vertebral, sugerida pela incapacidade de mover as pernas após a queda. A imobilização adequada da coluna vertebral é crucial para evitar danos adicionais. Após isso, é importante avaliar a função neurológica para determinar a extensão da lesão. Por fim, radiografias ou tomografia da coluna são essenciais para avaliar a lesão.

Análise das alternativas:
  • a) Administração de analgésicos: Importante para o manejo da dor, mas não é a prioridade inicial.
  • b) Imobilização da coluna vertebral: Correta. A prioridade é evitar lesões adicionais.
  • c) Realização de TC de crânio: Pode ser necessária, mas não é a prioridade inicial.
  • d) Avaliação da pressão arterial: Importante, mas não é a prioridade inicial.

Um paciente de 45 anos de idade vítima de trauma por colisão de automóvel é levado ao pronto socorro inconsciente e apresentando sangramento uretral. Diante destes dados, qual seria a primeira medida a ser tomada na condução do caso?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

```html

Comentário: Essa questão aborda de forma direta a sequência do ABCDE do trauma, que é essencial para a abordagem inicial do politraumatizado. É importante que você saiba a ordem e os passos dessa sequência, pois ela orienta todas as ações que devem ser tomadas para garantir que o paciente tenha as melhores chances de recuperação. Vamos revisar rapidamente as etapas para garantir que o entendimento seja claro:

  • A (vias aéreas e proteção da coluna cervical): O primeiro passo é garantir que as vias aéreas do paciente estejam desobstruídas. Isso pode ser feito por meio de manobras como "chin-lift" ou "jaw-thrust", e, em casos mais graves, pode ser necessário realizar uma intubação orotraqueal. Além disso, é fundamental estabilizar a coluna cervical para prevenir lesões adicionais.
  • B (ventilação e respiração): Aqui, a prioridade é avaliar a respiração do paciente. Isso envolve checar a frequência respiratória, a qualidade dos movimentos torácicos, a presença de cianose e outros sinais que indicam comprometimento respiratório.
  • C (circulação com controle de hemorragias): O próximo passo é garantir que o paciente tenha uma circulação eficaz. Isso inclui o controle de hemorragias, a verificação da pressão arterial, a análise dos pulsos periféricos e centrais, e a observação de outros sinais de choque, como a cor da pele e o tempo de enchimento capilar.
  • D (disfunção neurológica): A avaliação neurológica é feita, principalmente, por meio da escala de coma de Glasgow e da análise das pupilas, para verificar a função neurológica do paciente.
  • E (exposição total do paciente): Nessa fase, é necessário realizar uma exposição completa do paciente para identificar outras lesões, como fraturas, cortes e escoriações. Além disso, deve-se ter cuidado com o controle da hipotermia.

Agora que fizemos uma revisão do ABCDE, vamos analisar as alternativas:

  • Alternativa A - Incorreta: A realização de um acesso venoso calibroso para reposição volêmica faz parte do "C" do ABCDE, ou seja, no terceiro passo da sequência. Não é a primeira medida a ser tomada.
  • Alternativa B - Correta: Correto! A primeira medida que devemos tomar ao atender um paciente politraumatizado é avaliar as vias aéreas e a coluna cervical, que correspondem ao "A" do ABCDE. A respiração (que é avaliada no "B") vem em seguida, mas a sequência de avaliação deve ser respeitada.
  • Alternativa C - Incorreta: A avaliação da escala de Coma de Glasgow (ECG) está no "D" do ABCDE, que corresponde à avaliação neurológica. Portanto, não é a primeira medida a ser tomada.
  • Alternativa E - Incorreta: A passagem de sonda vesical é um procedimento relacionado ao "C" do ABCDE, que envolve o controle da diurese para monitorar a reposição volêmica. Antes de inserir a sonda, uma uretrocistografia retrógada deve ser feita para verificar possíveis lesões uretrais.

Resposta correta: Letra B.

```

Ricardo, 28 anos, sofreu um acidente de moto e é trazido ao pronto-socorro com dor intensa na mandíbula, incapacidade de fechar a boca e sangramento na cavidade oral. Ao exame físico, observa-se uma deformidade evidente na mandíbula. Qual o diagnóstico mais provável?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Essa questão é bem direta e fala sobre um paciente com sinais clássicos de fratura de mandíbula, incluindo dor intensa, deformidade evidente e incapacidade de ocluir a boca. Essas fraturas são comuns em traumas faciais, especialmente em acidentes de moto, devido à alta energia envolvida. O diagnóstico de fratura de mandíbula é frequentemente clínico, baseado na história e no exame físico. No entanto, a confirmação é geralmente feita com exames de imagem, como a radiografia panorâmica ou tomografia computadorizada, que ajudam a avaliar a extensão da fratura e a planificar o tratamento. O tratamento das fraturas de mandíbula pode variar de conservador, com imobilização, até cirúrgico, com fixação interna rígida, dependendo da complexidade da fratura e do estado geral do paciente.

Explicação das alternativas:
  • A) **Luxação da articulação temporomandibular** - Incorreto. Embora cause dor e dificuldade de movimentação, não causa deformidade evidente na mandíbula.
  • B) **Fratura de mandíbula** - Correto. Apresenta sinais e sintomas clássicos como dor, deformidade e incapacidade de fechar a boca.
  • C) **Fratura de maxila** - Incorreto. Fraturas de maxila geralmente causam deformidade na parte média da face e podem estar associadas a outros sinais, como epistaxe.
  • D) **Contusão facial** - Incorreto. Não causaria deformidade evidente e incapacidade de ocluir a boca.

Qual é o manejo adequado de um paciente com fratura de cricoide com comprometimento respiratório significativo?

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

No manejo de uma fratura de cricoide com comprometimento respiratório, a prioridade é garantir a via aérea. A traqueostomia é o método de escolha nesses casos, pois permite a estabilização da via aérea abaixo da lesão. A intubação orotraqueal pode ser difícil ou impossível devido ao comprometimento da estrutura laríngea. A cricotireoidostomia é uma alternativa temporária, mas a traqueostomia é preferível para manejo definitivo. O manejo inicial envolve estabilização do paciente, controle da via aérea com traqueostomia e posteriormente avaliação e reparo cirúrgico da fratura de cricoide.

Na cricotireoidostomia, a técnica por punção utiliza um Jelco® de 12 gauge, proporcionando ventilação adequada por até 45 minutos, embora a hipercapnia seja um fator limitante. É crucial a posição supina do paciente para a execução do procedimento, com o pescoço em hiperextensão, embora nem sempre seja possível em vítimas de trauma. 

Explicação das alternativas:
  • A) Intubação orotraqueal - Incorreto. Pode ser impossível devido à lesão estrutural da laringe.
  • B) Cricotireoidostomia - Incorreto. Temporária, mas não preferida para manejo definitivo.
  • C) Ventilação mecânica não invasiva - Incorreto. Inadequada devido ao comprometimento da via aérea.
  • D) Traqueostomia - Correto. Garantia da via aérea abaixo da lesão, preferida em casos de fratura de cricoide com comprometimento respiratório.

Um paciente de 57 anos de idade foi encaminhado ao pronto‐socorro após ter sido vítima de explosão em ambiente fechado, com inalação de monóxido de carbono, e arremessado contra um pilar. Queixa‐se de muita dor abdominal, está agitado, com ultrassom FAST positivo, Glasgow de 14, frequência cardíaca de 156 bpm, pressão arterial de 80 X 60 mmHg e má perfusão periférica. A avaliação das queimaduras mostrou superfície de área queimada maior que 70%. Com base nessa situação hipotética, a prioridade no atendimento inicial do paciente será realizar

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Resposta correta: letra E

Explicação da resposta correta:

Indicações de intubação orotraqueal em vítimas queimadas:

Quando tratamos vítimas de queimaduras, especialmente em cenários de trauma grave, é fundamental antecipar as complicações possíveis. No caso descrito, é preciso reconhecer que a situação do paciente é crítica e que ele tem grandes chances de evoluir de maneira desfavorável. Dessa forma, a intubação orotraqueal precoce é uma medida essencial, pois pode ser a diferença entre a sobrevivência e a morte do paciente.

Descrição do Caso:

Temos uma vítima politraumatizada, que sofreu uma explosão em ambiente fechado e foi arremessada contra uma pilastra. Além disso, o paciente foi exposto à inalação de monóxido de carbono (CO), o que sugere queimaduras das vias aéreas e intoxicação pelo CO. Com essas informações, podemos prever uma evolução clínica grave e o paciente necessita de uma abordagem urgente.

Tratamento Inicial:

A intubação precoce com altas concentrações de oxigênio (O2) é a prioridade no manejo inicial. O objetivo é proteger as vias aéreas do paciente antes que o edema faríngeo se instale e garantir que o CO seja "lavado" do corpo. É importante lembrar que o CO tem uma afinidade muito maior (mais de 100 vezes) pelas hemácias do que o O2, portanto, a administração de O2 em concentrações elevadas é crucial para reverter a intoxicação.

Conduta frente à situação clínica:

Apesar do paciente apresentar um Glasgow de 14, ele está com 70% do corpo queimado, tem um ultrassom FAST positivo, está taquicárdico e apresenta pressão arterial de 80/60 mmHg, caracterizando um choque de grau IV. A condição do paciente é extremamente grave e ele provavelmente irá piorar rapidamente. A intubação deve ser realizada o quanto antes.

Análise das Alternativas:

  • A: Incorreta - A intubação deve ser feita antes da laparotomia. Embora o paciente tenha indicação de cirurgia devido à instabilidade e ao FAST positivo, a prioridade neste momento é garantir a via aérea.
  • B: Incorreta - A reposição volêmica é necessária, sim, com base na fórmula de Parkland, mas a abordagem inicial segue a sequência ABCDE. A primeira medida, portanto, deve ser a intubação.
  • C: Incorreta - A tomografia computadorizada (TC) está contraindicada neste momento, dado o estado crítico do paciente e o risco iminente de deterioração rápida. A prioridade agora é estabilizar o paciente, começando pela intubação.
  • D: Incorreta - Não há informações sobre sinais ou sintomas que sugiram pneumotórax neste caso, portanto, essa alternativa está incorreta.
  • E: Correta - A prioridade de atendimento é a intubação precoce, com altas concentrações de O2 para remover o CO do corpo, já que o paciente apresenta uma intoxicação por monóxido de carbono significativa.

Gabarito: Letra E.

Um motorista de 62 anos envolveu-se em um acidente automobilístico chocando-se contra um ônibus que trafegava em sentido contrário. Apresentava-se agitado, agressivo, com grave deformidade maxilofacial e sangramento ativo pelo nariz e boca. Os sinais vitais da admissão eram: FR = 38 irpm, PA = 100/50 mmHg, pulso = 123/mim e SaO2 = 78%. No exame físico, o paciente apresentava boa expansibilidade torácica, murmúrio vesicular diminuído à direita e crepitações ósseas à palpação no mesmo lado. A conduta inicial mais adequada para melhorar a oxigenação e ventilação é:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Questão anulada: Vamos analisar essa situação de trauma, em que a conduta inicial segue o protocolo do ABCDE, uma abordagem fundamental no atendimento inicial a pacientes com trauma. Embora pareça uma questão simples, ela acabou se tornando um pouco mais complexa devido a algumas nuances importantes. Vamos entender melhor o que devemos fazer nesse caso!

Imagine um paciente com uma grave deformidade maxilofacial, sangramento ativo pelas vias aéreas superiores (nariz e boca), além de estar agitado, agressivo e com sinais evidentes de insuficiência respiratória, como uma frequência respiratória de 38 irpm e saturação de oxigênio de 78%. O que fazer em uma situação como essa?

Primeiro, é essencial seguir as etapas do ABCDE no trauma:

  • A – “Airway”: vias aéreas e coluna cervical;
  • B – “Breathing”: respiração e ventilação;
  • C – “Circulation”: circulação e controle de hemorragia;
  • D – “Disability”: exame neurológico;
  • E – “Exposure”: exposição e controle térmico.

Com base nesse protocolo, a prioridade inicial é garantir a patência das vias aéreas e estabilizar a coluna cervical (A). Em casos de trauma maxilofacial, como o descrito, as vias aéreas são frequentemente comprometidas devido à fraturas e sangramentos. O risco de obstrução das vias aéreas é elevado, especialmente se houver hemorragia associada, o que pode dificultar a visualização das estruturas durante a intubação.

Quando a deformidade maxilofacial é grave, com sangramento ativo, o desafio é ainda maior. Fraturas faciais podem resultar em perda do suporte estrutural das vias aéreas, e, em casos como esse, o manejo se torna ainda mais desafiador. Isso ocorre porque o deslocamento de dentes, secreções e edema podem obstruir as vias aéreas, tornando a intubação orotraqueal complicada. Em muitos casos, a melhor opção é a cricotireoidostomia ou a traqueostomia para garantir a permeabilidade das vias aéreas, já que a visualização das estruturas pode ser impossível devido ao sangue e secreções.

Agora, vamos discutir as alternativas propostas:

  • A, B e C – Incorretas: O paciente apresenta sinais claros de obstrução das vias aéreas e comprometimento respiratório grave, com esforço respiratório inadequado (taquipneia), hipóxia e agitação. Tentar realizar uma intubação orotraqueal nessas condições seria ineficaz devido ao excesso de sangue e secreções que dificultaria a visualização das cordas vocais, tornando o procedimento arriscado e potencialmente ineficaz.
  • D – Incorreta: Apesar de o paciente estar agitado, o protocolo ATLS recomenda que não se use narcóticos sistêmicos, pois eles podem agravar a situação ao reduzir o tônus muscular e, consequentemente, piorar a obstrução das vias aéreas. Nesse caso, a prioridade é garantir a permeabilidade das vias aéreas, e não administrar substâncias que possam piorar o quadro.

Portanto, a questão foi anulada, pois não havia uma alternativa correta considerando o protocolo adequado para esse tipo de trauma.