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Cirurgia Pediátrica Geral

Paciente do sexo masculino, 2 anos, é trazido pela mãe para avaliação de aumento do volume da bolsa escrotal. Ela observou o problema há alguns meses e refere piora gradativa. Não sabe referir adequadamente sobre história de trauma local. Nega febre. Ao exame físico, observamos aumento do volume da hemibolsa escrotal direita, irredutível, indolor à palpação. Não há sinais flogísticos. Testículos tópicos, indolores à palpação. Teste da transiluminação positivo. Assinale a alternativa que contém diagnóstico adequado, sua justificativa e terapia adequada:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Revisão do Caso Clínico:

Um menino de 2 anos é levado ao médico pela mãe devido ao aumento do volume da bolsa escrotal, sem histórico de trauma ou outras queixas associadas. Durante o exame físico, observa-se um aumento de volume na hemibolsa escrotal direita, que é indolor à palpação e irredutível. O teste de transiluminação é positivo, indicando a presença de conteúdo líquido na área afetada.

Considerações sobre as causas de edema escrotal em crianças:

As causas mais frequentes de aumento de volume na bolsa escrotal em crianças incluem, em ordem de frequência, a hidrocele e a hérnia inguinal não encarcerada. Outras causas menos comuns são a varicocele, espermatocele, edema decorrente de picadas de insetos, síndrome nefrótica (geralmente com edema bilateral), e, raramente, o câncer testicular. O diagnóstico correto para esse caso exige conhecimento do teste de transiluminação, que é realizado aplicando-se uma fonte de luz na bolsa escrotal. Um teste positivo ocorre quando a luz atravessa uma estrutura líquida, como a hidrocele, e não uma massa sólida.

Sobre a hidrocele:

A hidrocele consiste em uma coleção de líquido peritoneal entre as camadas parietal e visceral da túnica vaginal. Essa condição pode ser classificada em comunicante (quando há comunicação com a cavidade peritoneal, e o volume pode aumentar ao longo do dia ou com a manobra de Valsalva) ou não comunicante (quando o aumento do volume não ocorre com choro ou esforço e a massa não é redutível). A correção cirúrgica é indicada para hidroceles comunicantes que persistem após 1 a 2 anos de vida e para as hidroceles idiopáticas não comunicantes que permanecem além dos 6 meses, quando sintomáticas ou causando complicações à pele.

Análise das alternativas:

  • Alternativa A - correta: Este é o diagnóstico correto para o paciente. A hidrocele apresentada, provavelmente não comunicante, é irredutível e não apresenta variação de volume ao longo do dia, o que sugere que o caso seja uma hidrocele não comunicante. Para crianças dessa faixa etária, a indicação para cirurgia é clara.
  • Alternativa B - incorreta: A hérnia inguino-escrotal geralmente causa aumento de volume nas regiões inguinal e escrotal. Se estiver encarcerada, o conteúdo não pode ser reduzido à cavidade abdominal. Nesse caso, o teste de transiluminação será negativo.
  • Alternativa C - incorreta: A varicocele é caracterizada pela dilatação e tortuosidade das veias no plexo pampiniforme ao redor do cordão espermático. Ela ocorre mais frequentemente no lado esquerdo e, geralmente, não causa sintomas.
  • Alternativa D - incorreta: A orquite é frequentemente associada a dor testicular bilateral e pode ser acompanhada por sinais de infecção sistêmica, como no caso da caxumba. Não é compatível com o quadro apresentado, pois não há relato de dor ou sinais flogísticos.

Conclusão: O diagnóstico correto para este caso é a hidrocele, conforme descrito na alternativa A.

Jonathan, 2 anos, é levado para consulta de puericultura. Sua mãe, Rosa, relata estarpreocupada, pois a vizinha falou que Jonathan precisa operar a hérnia “de umbigo”. Acriança está assintomática. Ao exame físico do abdome, evidencia-se um anel herniário 2cm de diâmetro, com protuberância reduzida facilmente à manipulação. Demais examesestão normais. Diante desse quadro, o médico deve

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Hérnia Umbilical na Infância

A hérnia umbilical é uma condição comum em crianças, geralmente de origem congênita. Em muitos casos, ela se resolve de forma espontânea com o tempo, sem a necessidade de intervenção cirúrgica. A causa da hérnia umbilical está relacionada à persistência da abertura do anel umbilical, que normalmente se fecha sozinho à medida que a criança cresce. Vale destacar que as hérnias umbilicais são mais frequentes em crianças negras e, na maioria dos casos, desaparecem antes dos 6 anos de idade.

Conduta e Intervenção Cirúrgica

Para o manejo das hérnias umbilicais, existem algumas indicações que exigem atenção especial, principalmente quando a condição persiste ou se agrava. É importante lembrar dos seguintes pontos:

  • Hérnia maior que 1,5 a 2 cm: Nestes casos, é indicada a cirurgia.
  • Persistência após os 6 anos: Quando a hérnia não desaparece até essa idade, a intervenção cirúrgica pode ser necessária. Em algumas fontes, é recomendado realizar a cirurgia a partir dos 2 anos, mas essa indicação pode variar.
  • Associação com outras hérnias: Quando a hérnia umbilical está associada a uma hérnia inguinal, a cirurgia é indicada devido ao risco de complicações.

É essencial diferenciar a conduta para as hérnias umbilicais das hérnias inguinais. Embora a maioria das hérnias umbilicais possa ser monitorada até os 6 anos, a hérnia inguinal deve ser tratada com cirurgia o quanto antes para evitar o risco de encarceramento.

Análise das Alternativas:

  • A: Incorreta - O diagnóstico de hérnia umbilical é geralmente clínico, sem a necessidade de exames de imagem, como ultrassonografia, para classificação ou definição do tratamento.
  • B: Incorreta - O uso de cintas, faixas, moedas ou outros dispositivos para contenção não tem eficácia comprovada no tratamento de hérnias umbilicais e deve ser desencorajado.
  • C: Incorreta - A intervenção cirúrgica só é indicada se a hérnia persistir após os 6 anos, se houver um defeito fascial maior que 2 cm após os 2 anos, ou se a hérnia não reduzir após 1 ano de acompanhamento. Além disso, também é necessária quando associada a outras hérnias.
  • D: Correta - A conduta recomendada é o acompanhamento clínico, com orientações sobre a possibilidade de resolução espontânea da hérnia.

Portanto, a alternativa correta é a D.

Uma menina de 2 anos chega ao serviço de emergência depois de ter engolido a bateria de um de seus brinquedos. Ela está respirando confortavelmente. Uma radiografia mostra que a bateria está alojada no esôfago. Qual a melhor conduta?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Excelente questão! A ingestão de baterias pode levar a complicações muito graves, o que justifica a indicação de remoção imediata, preferencialmente até 2 horas após a ingestão, conforme estabelecido pela Diretriz Interprofissional de Atenção à Criança e ao Adolescente com Ingestão de Corpos Estranhos do Estado de SP, publicada em 2017.

A ingestão de uma bateria pode resultar em problemas sérios, como esofagites cáusticas, estenoses, perfurações esofágicas, mediastinites, fístulas traqueoesofágicas e até óbito. Além disso, há relatos de óbito devido a hemorragia digestiva (fístula para grande vaso), mesmo após a remoção endoscópica da bateria, que ocorreu até 27 dias depois da retirada. Assim, a remoção o quanto antes é fundamental para evitar essas complicações.

Quando a ingestão é suspeita, as radiografias, incluindo as de esôfago, tórax e abdômen (em AP e perfil), são essenciais para confirmar o diagnóstico e a localização da bateria. Além disso, as radiografias ajudam a diferenciá-la de outros corpos estranhos, como moedas, devido à imagem característica do duplo halo (em AP) e do degrau (em perfil) proporcionados pela bateria.

Vale lembrar que, para qualquer tipo de corpo estranho, a indução de êmese (vômito) é contraindicada! Diante disso, a única alternativa correta é a letra B.

Sobre o divertículo de Meckel podemos afirmar que:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

O divertículo de Meckel é um tipo de divertículo verdadeiro, pois envolve todas as camadas do intestino. Ele se localiza na borda antimesentérica do íleo, próximo à válvula ileocecal. Em até 50% dos casos, pode conter tecidos ectópicos, com os mais comuns sendo o gástrico e o pancreático. Esse achado é particularmente relevante na pediatria, pois o divertículo de Meckel é uma das causas frequentes de sangramentos intestinais baixos nessa faixa etária. Já nos adultos, os sintomas estão mais relacionados a complicações como obstrução, inflamação ou até neoplasia.

Embora muitas vezes seja assintomático, o diagnóstico do divertículo de Meckel normalmente ocorre após complicações. A complicação mais frequente é a diverticulite aguda. Para confirmar o diagnóstico, uma série de exames pode ser solicitada, como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) de abdome, cintilografia e angiografia abdominal. Quando há complicações ou sintomas evidentes, o tratamento cirúrgico é indicado, e geralmente envolve uma diverticulectomia simples ou a ressecção do segmento ileal, seguida de anastomose término-terminal.

Com base no exposto acima, temos as seguintes alternativas:

  • A – Correta: A cintilografia com tecnécio-99 é realmente um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico do divertículo de Meckel, apresentando uma acurácia de aproximadamente 90% em crianças.
  • B – Incorreta: Embora a diverticulectomia seja o procedimento padrão, a ressecção do segmento ileal também pode ser realizada em alguns casos, dependendo da situação clínica.
  • C – Incorreta: O divertículo de Meckel tem origem na borda antimesentérica do íleo, não em outra região do intestino.
  • D – Incorreta: A diverticulite aguda é a complicação mais comum associada ao divertículo de Meckel, não outro tipo de complicação.
  • E – Incorreta: A hérnia de Richter envolve apenas uma porção da borda intestinal aprisionada e estrangulada, enquanto a hérnia de Littré se caracteriza pelo aprisionamento do próprio divertículo de Meckel no saco herniário.

Conclusão: A alternativa correta é a letra A.

Sobre anormalidades da parede abdominal em neonatos é correto afirmar que:

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Resposta correta: letra E

Explicação da resposta correta:

```html

Hérnia inguinal e outras anormalidades da parede abdominal em neonatos são temas recorrentes em provas de cirurgia pediátrica, e é essencial que você compreenda as diferenças entre as condições associadas a esses defeitos.

A hérnia inguinal ocorre quando há a passagem de conteúdo abdominal, como alças intestinais, ovário ou peritônio, pelo canal inguinal. Essa condição é mais prevalente em meninos, especialmente nos prematuros ou em crianças com condições que aumentam a pressão intra-abdominal, como hepatopatias com ascite ou aquelas que possuem uma derivação ventrículo-peritoneal.

Já a onfalocele é um defeito da parede abdominal onde o conteúdo abdominal se hernia pela base do cordão umbilical, sendo coberto por um saco, mas sem a presença de pele. Comumente associada a malformações genéticas, a onfalocele está frequentemente vinculada a cardiopatias congênitas e apresenta um risco elevado de morte fetal intrauterina.

A gastrósquise é um defeito localizado logo à direita da linha média do cordão umbilical, resultando em uma abertura na parede abdominal que permite a evisceração de conteúdos intestinais, além de, ocasionalmente, fígado, estômago, bexiga e até ovários. Diferente da onfalocele, a gastrósquise não é geralmente associada a doenças genéticas ou outras malformações congênitas.

Tanto a onfalocele quanto a gastrósquise requerem intervenção cirúrgica no período neonatal, visando recobrir as alças intestinais com pele e alocar o conteúdo abdominal adequadamente. Em muitos casos, o tratamento envolve um processo gradual, devido ao tamanho do defeito.

A seguir, vamos revisar as alternativas:

  • Alternativa A - Incorreta: A hérnia inguinal, uma vez diagnosticada, exige intervenção cirúrgica imediata para correção. A criança deve ser encaminhada a um especialista, seja um urologista ou um cirurgião pediátrico, sem demora, devido ao risco significativo de encarceramento ou estrangulamento, especialmente em crianças menores de 1 ano.
  • Alternativa B - Incorreta: Embora muitas hérnias umbilicais resolvam espontaneamente em até 80% a 90% dos casos até os 5 anos de idade, as que persistem após essa faixa etária necessitam de correção cirúrgica eletiva. A herniorrafia é realizada por técnicas abertas ou videolaparoscópicas, não com anestesia local.
  • Alternativa C - Incorreta: No caso da onfalocele, a intervenção cirúrgica deve ocorrer no período neonatal.
  • Alternativa D - Incorreta: A gastrósquise é caracterizada por um defeito abdominal onde o conteúdo não é recoberto por peritônio.
  • Alternativa E - Correta: Todas as alternativas anteriores estão incorretas, o que torna a alternativa E a correta.

Portanto, o gabarito correto é a alternativa E.

```

Lactente de 5 meses apresenta crânio estreito (formato em quilha) com aumento anormal do seu diâmetro anteroposterior por fusão precoce de suturas cranianas. Neste a caso a sutura fechada precocemente e o diagnóstico são, respectivamente:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Questão sobre Crânio e Suturas Cranianas

O fechamento prematuro da sutura sagital resulta em um crânio com forma estreita, caracterizado por um formato em quilha, denominado escafocefalia. Isso ocorre quando o diâmetro ântero-posterior (AP) do crânio se amplia devido ao fechamento precoce dessa sutura.

Alternativa A - Correta: No caso descrito, um lactente de 5 meses apresenta um crânio estreito e aumentado no diâmetro anteroposterior, devido à fusão precoce da sutura sagital, o que resulta no diagnóstico de escafocefalia.

Alternativa B - Incorreta: O fechamento prematuro da sutura coronal provoca a redução do diâmetro anteroposterior (AP) e leva à braquicefalia, que não é o caso abordado nesta questão.

Alternativa C - Incorreta: O fechamento prematuro da sutura bregmática está relacionado à trigonocefalia, mas não é o quadro descrito na questão.

Alternativa D - Incorreta: A plagiocefalia deformacional refere-se à assimetria craniana causada por forças externas aplicadas ao crânio flexível de uma criança, o que não corresponde ao diagnóstico desta questão.

Portanto, a alternativa correta é a letra A.

Uma criança de 5 dias, apresentando vômitos amarelo-esverdeados, desde o nascimento, interna em sua enfermaria por apresentar desidratação e distúrbio hidroeletrolítico. A mãe relata que alimenta seu filho com leite de vaca diluído desde a primeira mamada. Ao examinar esta criança, você nota que o abdôme está distendido, principalmente na região epigástrica, mais a esquerda, movimentos peristálticos visíveis, ruídos hidro aéreos aumentados e metálicos. Sua conduta frente a este caso é:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

A obstrução jejunal, resultante de erros na rotação intestinal, é uma condição clínica que frequentemente se manifesta por vômitos biliosos (de cor amarelo-esverdeada). Essa condição ocorre quando as bandas formadas por falhas na rotação intestinal causam obstrução do duodeno e da primeira porção do jejuno. Além disso, é comum observar uma limitação no aumento do volume da dieta. A obstrução jejunal deve ser considerada um diagnóstico diferencial importante para o refluxo gastroesofágico secundário em lactentes.

Alternativa A - Incorreta: A alergia ao leite de vaca (APLV) geralmente se manifesta com sintomas como hemorragia digestiva, distensão abdominal e vômitos inespecíficos. A abordagem no caso de APLV não inclui jejum, mas sim a exclusão da proteína do leite de vaca da dieta. Também é necessário evitar o contato com a pele e a inalação da proteína.

Alternativa B - Incorreta: A estenose hipertrófica do piloro é caracterizada por vômitos NÃO biliosos, ou seja, sem coloração amarelo-esverdeada. Esses vômitos ocorrem tipicamente entre 30 e 60 minutos após a alimentação, a partir da segunda até a sexta semana de vida. O diagnóstico é esclarecido por meio de seriografia do trato gastrointestinal superior.

Alternativa C - Correta: A obstrução jejunal, geralmente, não apresenta sinais durante o período gestacional. A manifestação clínica mais comum é o aparecimento de vômitos biliosos. É fundamental corrigir o distúrbio hidroeletrolítico para um adequado preparo pré-operatório, já que a intervenção cirúrgica é necessária nesses casos.

Alternativa D - Incorreta: A enterocolite necrosante é uma emergência cirúrgica gastrointestinal que afeta predominantemente recém-nascidos, sendo menos frequente em bebês a termo. Os sintomas iniciais são geralmente inespecíficos, tanto sistêmicos quanto gastrointestinais, como distensão abdominal e vômitos biliosos. O tratamento inicial é clínico, e apenas casos com perfuração intestinal necessitam de cirurgia. O uso de antieméticos não é indicado nesse quadro.

Alternativa E - Incorreta: A Doença de Hirschsprung (Megacólon congênito) é uma condição caracterizada pela alteração da motilidade intestinal, sendo a constipação a principal manifestação clínica, sem a presença de vômitos. O diagnóstico é realizado por biópsia e manometria anorretal, sendo que a manometria é pouco útil nos primeiros dias de vida.

Conclusão: Portanto, a alternativa correta é a alternativa C. Em uma criança de 5 dias que apresenta vômitos amarelo-esverdeados desde o nascimento, com sinais de desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos, e cujo exame revela um abdômen distendido (principalmente na região epigástrica à esquerda), movimentos peristálticos visíveis e ruídos hidroaéreos aumentados e metálicos, a conduta indicada é realizar o tratamento cirúrgico após correção do distúrbio hidroeletrolítico.

Defeitos da parede abdominal anterior é uma condição cirúrgica neonatal relativamente frequente em cirurgia pediátrica, sendo assim, assinale a alternativa INCORRETA:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Gastrósquise x Onfalocele: Diferenças Importantes

Na cirurgia pediátrica, uma das questões recorrentes é a diferença entre gastrósquise e onfalocele, especialmente em provas de residência médica. Vamos revisar essas duas condições para que fiquem bem claras e sem confusões.

Gastrósquise: É um defeito na parede abdominal, geralmente localizado à direita do coto umbilical. Uma característica importante da gastrósquise é a ausência de uma membrana peritoneal cobrindo o conteúdo intestinal herniado. Esse defeito pode ser classificado em dois tipos: simples ou complexa. A gastrósquise simples é quando não há outras anomalias associadas, enquanto a complexa ocorre quando há outras malformações intestinais associadas. Aproximadamente 17% dos casos de gastrósquise são complexos, e esses têm uma maior taxa de mortalidade intra-hospitalar. Além disso, estão mais frequentemente associados a complicações como enterocolite necrosante, obstrução intestinal, síndrome do intestino curto e a necessidade de nutrição parenteral ou até mesmo gastrostomia.

Onfalocele: Trata-se de uma herniação do conteúdo abdominal pela linha média, mas, ao contrário da gastrósquise, o conteúdo herniado é recoberto por uma membrana peritoneal. Além disso, a onfalocele tem uma associação com cromossomopatias e outras malformações congênitas.

Alternativas

  • Alternativa A – Correta: A gastrósquise é a herniação de vísceras não cobertas por membrana, ocorrendo geralmente à direita do cordão umbilical. Esta definição está correta, pois descreve a localização e a ausência de cobertura peritoneal da gastrósquise.
  • Alternativa B – Incorreta: A gastrósquise, ao contrário do que é afirmado, geralmente não está associada a outras malformações do trato gastrointestinal. Na realidade, aproximadamente 17% dos casos de gastrósquise são complexos, o que implica na presença de anomalias intestinais associadas, além das complicações já mencionadas. Portanto, essa alternativa está incorreta, sendo a resposta errada à questão proposta.
  • Alternativa C – Correta: As anomalias associadas à onfalocele incluem cromossomopatias como trissomias 13, 18 e 21, a Síndrome de Beckwith-Wiedemann, anomalias cardíacas (como Tetralogia de Fallot e Pentalogia de Cantrell), além de defeitos nos órgãos genitais, renais e gastrointestinais. A associação com problemas cardíacos é a mais comum, sendo observada em 45% dos casos. Tudo isso está de acordo com as informações sobre a onfalocele.
  • Alternativa D – Correta: Na gastrósquise, como o defeito permite a herniação das alças intestinais para fora da cavidade abdominal, o desenvolvimento dessas alças ocorre fora da cavidade. Como resultado, elas geralmente ficam edemaciadas e disfuncionais, o que é uma característica conhecida dessa condição.

Gabarito: A alternativa incorreta, de acordo com o enunciado, é a Alternativa B, pois ela não reflete corretamente a associação da gastrósquise com outras anomalias intestinais em uma parte significativa dos casos.

Menina de 3 anos tem dor abdominal há 3 dias, mais localizada em andar inferior. Há 2 dias apresenta episódios de vômitos esverdeados, inapetência e picos febris (38,5 oC). Há 1 dia apresenta episódios de diarreia líquida. Exame físico: REG, desidratada 2+/4, irritada. Abdome: RHA diminuídos, dor difusa à palpação profunda, com reação peritoneal em hipogástrio. Hemograma: 14.000 glóbulos brancos, sem desvio. Raio-X de abdome, conforme a imagem. O diagnóstico e a conduta são:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Em relação à apendicite aguda, é fundamental reconhecer sinais e sintomas como dor abdominal, febre, leucocitose e sinais de irritação peritoneal, pois esses podem sugerir fortemente a presença dessa condição. A dor geralmente começa de forma difusa, mas tende a se localizar posteriormente na região da fossa ilíaca direita (FID). Além disso, a febre, náusea, vômitos, anorexia, leucocitose e sinais clínicos como os de Blumberg e Rovsing (dor ao pressionar o quadrante inferior esquerdo, que irradia para a área de McBurney) são frequentemente encontrados no quadro.Atualmente, para garantir um diagnóstico preciso e definir a melhor abordagem terapêutica, muitos centros médicos optam por realizar exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia (USG), antes de decidir pela cirurgia. Essa escolha é apoiada pela maior disponibilidade de exames de imagem e também porque, em algumas situações raras, a cirurgia não é imediata. Nesses casos, pode-se optar por uma apendicectomia de intervalo, indicada principalmente quando há complicações como abscessos maiores que 5 cm, que exigem drenagem inicial antes da cirurgia, programada para 6-8 semanas depois.A probabilidade de apendicite pode ser inicialmente avaliada com o escore de Alvarado, que atribui pontos para sintomas e sinais clínicos. Pacientes com menos de 4 pontos têm uma baixa probabilidade de apendicite, sendo necessário investigar outros diagnósticos. Pacientes com pontuação entre 4 e 7 requerem a realização de exames de imagem, e aqueles com pontuação superior a 7 geralmente têm indicação para cirurgia imediata. Porém, em crianças, a dificuldade para relatar os sintomas torna os sinais menos específicos, sendo importante considerar também sinais como irritabilidade, inapetência, choro, vômitos, diarreia e dor abdominal difusa, além dos sinais de irritação peritoneal.Por exemplo, nossa paciente apresenta anorexia, febre, leucocitose, náuseas e vômitos, e defesa no quadrante inferior direito (QID). Esses achados clínicos, associados aos exames laboratoriais, indicam uma probabilidade elevada de apendicite. Além disso, uma radiografia de tórax pode mostrar material radiopaco na região da FID, o que pode estar relacionado a fecalitos, que obstruem a luz do apêndice, sendo uma das principais causas de apendicite. Embora a radiografia tenha baixa acurácia, a presença de fecalito em topografia apendicular (visto em até 10% das radiografias) ajuda a reforçar o diagnóstico, quando associada a um quadro clínico típico.O sinal de Blumberg, caracterizado pela dor à descompressão brusca da parede abdominal no ponto apendicular (ponto de McBurney), também é um importante indicativo para confirmar o diagnóstico.Agora, vamos analisar as alternativas da questão:

  • Alternativa A – Incorreta: A gastroenterocolite aguda se apresenta com início abrupto de diarreia e vômitos, além de dor abdominal difusa. Não costuma envolver sinais de irritação peritoneal, o que a torna menos compatível com o quadro de apendicite.
  • Alternativa B – Correta: Como discutido, sinais como alteração no estado geral, irritabilidade, inapetência, choro, vômitos, diarreia, dor abdominal e sinais de irritação peritoneal são altamente sugestivos de apendicite aguda, e a conduta correta é a cirurgia.
  • Alternativa C – Incorreta: Os sintomas gastrointestinais da paciente não são compatíveis com essa hipótese diagnóstica, especialmente considerando a presença de sinais de irritação peritoneal.
  • Alternativa D – Incorreta: A presença de vômitos biliosos, diarreia e diminuição dos ruídos hidroaéreos (RHA) pode sugerir uma suboclusão intestinal, mas a imagem não é compatível com obstrução. Portanto, essa hipótese é menos provável.
 Portanto, a alternativa correta é a alternativa B.

Paciente, masculino, 1 mês de idade com diagnóstico de hérnia inguinal à direita. Levado ao centro cirúrgico para ser submetido a herniorrafia. Após a ligadura alta do saco herniário o tempo cirúrgico que se segue é:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

A herniorrafia em crianças não exige o uso de tela ou reforço posterior


As hérnias inguinais, mesmo em crianças, requerem tratamento cirúrgico. No entanto, quando se trata da faixa etária pediátrica, não há necessidade de utilizar telas ou fazer reforços posteriores. Isso ocorre porque a parede abdominal da criança tende a crescer significativamente após a cirurgia, o que torna desnecessário o uso de telas. Além disso, no caso das hérnias inguinais indiretas, a causa não está na fraqueza da parede abdominal, mas sim na persistência de um conduto que deveria ter se fechado. Portanto, o reforço posterior não tem efeito na fisiopatologia desse tipo de hérnia.

Alternativas:

  • A - Incorreta: A tela não é indicada para um paciente tão jovem, como um bebê de 1 mês.
  • B - Incorreta: A técnica de McVay é mais indicada para hérnias femorais, grandes hérnias indiretas ou recidivantes, não sendo adequada para este caso específico.
  • C - Correta: Após a ligadura do saco herniário, o próximo passo é realizar a síntese por planos, encerrando o procedimento cirúrgico.
  • D - Incorreta: A técnica de Bassini envolve o uso de tensão para reforço, o que não é necessário em crianças.

Resposta correta: C

Paciente com 6 semanas de vida foi trazido à UBS por vômitos não biliosos, gradualmente crescentes, que progrediam para vômitos em jato, logo após ou durante a alimentação. A criança continuava com fome e não apresentava dor ou distensão abdominais. Ao exame, encontrava-se hidratada e em bom estado geral. Constatou-se pequena nodulação de cerca de 1 cm de diâmetro, palpável no quadrante superior direito do abdômen. Por vezes, era possível visualizar uma onda peristáltica que se movia do quadrante superior esquerdo para o direito. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Questão sobre cirurgia pediátrica: diagnóstico importante e comum em provas.

Quando observarmos um lactente com vômitos não biliosos após a alimentação e uma massa palpável no quadrante superior direito, devemos considerar a possibilidade de estenose pilórica hipertrófica.

A estenose pilórica hipertrófica é uma condição congênita, caracterizada pela hipertrofia e hiperplasia progressiva da musculatura lisa do piloro. Este quadro geralmente se manifesta em lactentes com até seis semanas de vida, que começam a apresentar vômitos não biliosos cerca de 30 a 60 minutos após a amamentação. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, esses pacientes inicialmente se encontram em bom estado geral e podem aparentar uma fome insaciável, pois eliminam todo o conteúdo ingerido durante os vômitos.

Durante o exame físico, é possível palpar uma massa na região do quadrante superior direito do abdome, que é conhecida como "oliva pilórica". Outro sinal frequentemente observado são as ondas de peristalse, também chamadas de "ondas de Kussmaull".

É importante ressaltar que, devido aos vômitos recorrentes, o lactente pode desenvolver desidratação e alterações eletrolíticas, como a alcalose metabólica hipoclorêmica.

O quadro descrito é típico de estenose pilórica hipertrófica: um lactente de seis semanas de vida apresenta vômitos não biliosos após as mamadas, associado à presença de uma massa palpável (oliva pilórica) e ondas de peristalse visíveis.

Agora vamos analisar as alternativas:

  • Alternativa A - Incorreta: A doença do refluxo gastroesofágico pode ser considerada um diagnóstico diferencial, mas não está associada à presença do sinal da oliva. Geralmente, nessa condição, o lactente apresenta vômitos frequentes e problemas no ganho de peso.
  • Alternativa B - Correta: Esta alternativa apresenta a hipótese diagnóstica correta, conforme discutido anteriormente.
  • Alternativa C - Incorreta: Aqui, o sintoma-chave é o vômito bilioso, o que não corresponde ao quadro descrito. Além disso, distensão abdominal, acidose metabólica e a ausência de eliminação de gases e fezes são típicos de outro diagnóstico.
  • Alternativa D - Incorreta: Na intussuscepção, embora seja possível a palpação de uma massa abdominal, o quadro também é caracterizado por dor abdominal intensa e a presença de fezes com sangue, com a aparência de geleia de morango. Vômitos podem ocorrer, mas não são o principal sintoma.

Portanto, o gabarito correto é a alternativa B.

Caso clínico: Um lactente de seis semanas é levado à UBS com histórico de vômitos não biliosos, progressivamente mais intensos, ocorrendo logo após ou durante a amamentação. A criança continua com fome, sem queixa de dor ou distensão abdominal. O exame físico revela boa hidratação e estado geral, com uma nodulação de aproximadamente 1 cm no quadrante superior direito do abdômen. Às vezes, é possível observar uma onda peristáltica movendo-se do quadrante superior esquerdo para o direito. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?

Uma criança de oito semanas de vida foi levada a emergência pediátrica por seu pais, preocupados com o seu filho, que apresentava vômitos claros após alimentação. Nos intervalos dos episódios de vômitos, a criança se alimentava avidamente. Ao exame, a criança encontrava-se desidratada (++/4+) e subnutrida, com movimentos peristálticos no andar superior do abdome. o diagnóstico mais provável é:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Estenose hipertrófica do piloro é uma condição que geralmente afeta lactentes com idades entre 3 a 6 semanas. Trata-se de uma obstrução do piloro devido à hipertrofia muscular da região. Os principais sinais e sintomas dessa patologia incluem:

  • Vômitos em jato não biliosos, geralmente logo após a alimentação;
  • Apetite ávido, com a criança se alimentando com grande intensidade;
  • A criança se mantém aparentemente bem, o que a diferencia de outras doenças sistêmicas que também causam vômitos;
  • Ondas peristálticas visíveis podem ser observadas no epigástrio, movendo-se de esquerda para direita;
  • Palpação de uma massa pilórica discreta, firme, móvel e de cerca de 2 a 3 cm no lado direito do epigástrio, lembrando uma azeitona;
  • Com o tempo, a criança pode apresentar sinais de desnutrição e desidratação, além de não conseguir ganhar peso.

A suspeita clínica deve ser levantada diante desses sinais e o diagnóstico confirmado por meio de ultrassonografia. O tratamento definitivo é cirúrgico, realizado através da piloromiotomia.

Agora, vamos analisar as alternativas propostas:

  • Alternativa A - Incorreta: A atresia intestinal é a principal causa de obstrução intestinal congênita, manifestando-se com vômitos logo após o nascimento e distensão abdominal. O diagnóstico pode ser sugerido ainda no pré-natal, com a identificação de polidrâmnio e sinal da dupla bolha na ultrassonografia. O RX pós-natal também pode revelar o sinal da dupla bolha.
  • Alternativa B - Correta: Trata-se de um quadro clássico de estenose hipertrófica do piloro. A criança de 8 semanas apresenta vômitos não biliosos, apetite voraz, movimentos peristálticos no abdome superior, além de sinais de desidratação e subnutrição, características típicas dessa condição.
  • Alternativa C - Incorreta: O refluxo gastroesofágico é caracterizado por regurgitação de conteúdo gástrico, mas sem relação com a voracidade alimentar, o que o diferencia da estenose hipertrófica do piloro.
  • Alternativa D - Incorreta: A má rotação intestinal é uma anomalia do intestino médio, resultante de um defeito embriológico em suas fases de herniação, rotação e fixação. Clinicamente, apresenta-se com vômitos biliosos e dor abdominal, o que é distinto dos sintomas da estenose hipertrófica do piloro.
  • Alternativa E - Incorreta: A intussuscepção intestinal é a segunda emergência abdominal mais comum na criança, logo após a apendicite. Caracteriza-se pela invaginação do intestino proximal no distal, e a tríade clássica inclui dor abdominal em cólica, fezes com aspecto de "geleia de framboesa" e uma massa abdominal palpável.

Portanto, a alternativa correta é a letra B, que descreve com precisão o quadro clínico típico da estenose hipertrófica do piloro em uma criança de 8 semanas.

Assinale a alternativa INCORRETA com relação às Hérnias Diafragmáticas Congênitas (HDC):

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Hérnias Diafragmáticas Congênitas: Características e Diagnóstico

A hérnia diafragmática congênita é uma condição em que uma parte ou a totalidade de uma hemicúpula do diafragma não se desenvolve adequadamente. Isso resulta na passagem de órgãos abdominais para a cavidade torácica, o que pode prejudicar o desenvolvimento pulmonar. Dependendo da gravidade, essa condição pode levar à hipoplasia pulmonar e hipertensão pulmonar. Em cerca de 80% dos casos, a hérnia ocorre no lado esquerdo.

Quanto à localização da hérnia, podemos classificar em diferentes tipos:

  • Hérnias de Bochdaleck: defeito no segmento posterolateral do diafragma.
  • Hérnias de Morgani: defeito no segmento anterior.
  • Hérnias do hiato esofágico: alargamento do hiato, permitindo a passagem do estômago para a cavidade torácica.

O diagnóstico pode ser feito ainda no pré-natal, por meio de ultrassonografia (USG). Já no pós-natal, o quadro clínico de desconforto respiratório, insuficiência respiratória, abdome escavado e diminuição do movimento respiratório no hemitórax afetado são os principais sinais observados. A maioria dos casos apresenta sintomas, mas uma pequena parcela pode ser assintomática.

No caso das hérnias de Morgani, pode haver também sintomas como vômitos ou sinais de obstrução intestinal. O tratamento cirúrgico deve ser adiado até que o paciente atinja estabilidade cardiorrespiratória. A abordagem cirúrgica pode ser realizada de forma aberta ou laparoscópica.

Analisando as alternativas:

  • A: Correta. Como mencionado, a maioria das hérnias diafragmáticas congênitas ocorre no lado esquerdo (até 80%) e até 30% dos pacientes podem apresentar anomalias cromossômicas ou outros defeitos associados.
  • B: Correta. O quadro clínico clássico é composto por desconforto respiratório, insuficiência respiratória, abdome escavado e diminuição do movimento respiratório no hemitórax afetado.
  • C: Correta. O diagnóstico diferencial pode incluir condições como pneumonia, malformação adenomatoide cística, sequestros pulmonares, pneumotórax e derrame pleural.
  • D: Incorreta. O tratamento cirúrgico deve ser adiado até que o paciente atinja estabilidade cardiorrespiratória, e não deve ser realizado antes disso.

Gabarito: A alternativa incorreta é a letra D.

A hipoplasia pulmonar pode acontecer quando ocorre uma interferência no desenvolvimento do sistema alveolar nos últimos dois meses de gestação. A causa mais frequente de hipoplasia pulmonar é:

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

A hipoplasia pulmonar é uma condição caracterizada pelo desenvolvimento inadequado dos pulmões, resultando em pulmões subdesenvolvidos e com capacidade funcional reduzida. Entre as possíveis causas dessa condição, a hérnia de Bochdalek é a mais comum, conforme a opção B.


A hérnia de Bochdalek é uma malformação congênita do diafragma, onde ocorre uma abertura ou enfraquecimento na região posterior e lateral do diafragma, permitindo que órgãos abdominais, como estômago, intestino ou fígado, se desloquem para a cavidade torácica. Essa condição pode comprimir e dificultar o desenvolvimento pulmonar durante os últimos estágios da gestação, resultando em hipoplasia pulmonar.


Embora outras condições, como a sindrome de Prune-Belly, a tetralogia de Fallot e os cistos congênitos, possam afetar o desenvolvimento pulmonar em casos específicos, a hérnia de Bochdalek é reconhecida como a principal causa de hipoplasia pulmonar.


Vale ressaltar que a hipoplasia pulmonar pode ter outras origens além das mencionadas. Fatores genéticos, exposição a substâncias tóxicas ou medicamentos durante a gestação, assim como condições maternas, também podem influenciar o desenvolvimento da hipoplasia pulmonar. O diagnóstico e o manejo dessa condição demandam uma avaliação médica especializada e detalhada.


Analisando as alternativas incorretas:


  • A) Síndrome de Prune-Belly: Esta síndrome rara, também conhecida como síndrome do abdome em "ameixa seca", é uma condição congênita caracterizada pela ausência parcial ou total dos músculos abdominais, resultando em uma aparência rugosa do abdome. Embora possa estar associada a anomalias no trato urinário e no sistema respiratório, não é considerada uma causa frequente de hipoplasia pulmonar.
  • C) Tetralogia de Fallot: A tetralogia de Fallot é uma malformação cardíaca congênita que envolve quatro anomalias cardíacas, incluindo a estenose pulmonar, que estreita a via de saída do ventrículo direito para os pulmões. Apesar de poder afetar o fluxo sanguíneo pulmonar, não é uma causa comum de hipoplasia pulmonar.
  • D) Cisto congênito: Os cistos congênitos são cavidades ou bolsas preenchidas com líquido que se formam durante o desenvolvimento fetal e podem ocorrer em diversos órgãos, incluindo os pulmões. No entanto, a presença de um cisto pulmonar não é considerada uma causa frequente de hipoplasia pulmonar.

Lactente masculino de 8 meses de idade, previamente hígido, vem ao pronto-socorro com história de episódios de choro intenso com vômitos biliosos em grande quantidade há 3 dias. Ao exame clínico está em regular estado geral, com má perfusão periférica, prostrado, febril, com massa palpável em fossa ilíaca e flanco direitos. Peso e estatura normais para a idade, restante do exame clínico sem alterações. Observa-se à abertura da fralda: . Qual é a hipótese diagnóstica e a conduta?

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Como analisar o quadro clínico de um lactente de 8 meses com choro intenso e vômitos biliosos?

Um paciente de 8 meses que apresenta dor abdominal intensa, vômitos biliosos e fezes com muco e sangue em formato de "geleia de morango" é um forte indicativo de invaginação intestinal, também conhecida como intussuscepção. Este quadro ocorre quando um segmento da alça intestinal entra dentro de outro, resultando em compressão vascular, o que pode levar à isquemia, necrose e até perfuração da alça intestinal afetada.

Quais são os principais sinais clínicos que sugerem essa condição?

  • Idade do paciente: a invaginação intestinal é mais comum em lactentes, especialmente entre 4 e 12 meses de idade;
  • Presença de vômitos biliosos e fezes com aspecto de "geleia de morango", que são típicas dessa patologia;
  • Palpação de uma massa na fossa ilíaca direita e flanco direito.

Qual é a abordagem terapêutica indicada para esse caso?

A primeira linha de tratamento é a redução hidrostática por enema, que deve ser realizada a menos que o paciente apresente instabilidade hemodinâmica ou sinais de peritonite. Caso a redução não seja bem-sucedida ou ocorram recidivas, a cirurgia para desinvaginação torna-se necessária, principalmente em casos de instabilidade clínica, sinais de peritonite ou quando há uma causa anatômica envolvida.

Por que a conduta cirúrgica é necessária neste caso?

No caso deste paciente específico, que se encontra em regular estado geral, com má perfusão periférica, febre e sinais de prostração, é possível que haja instabilidade hemodinâmica associada à perfuração, o que torna a cirurgia a escolha mais adequada para prevenir complicações maiores.

Por que não se trata de um divertículo de Meckel?

O divertículo de Meckel, embora também possa causar sangramento gastrointestinal, geralmente se apresenta com sangramentos maciços e indolores, o que é inconsistente com o quadro do paciente, que apresenta dor abdominal intensa, como indicado pelo choro constante. Além disso, o sangramento observado é discreto, notado apenas ao exame físico, ao contrário do que se espera em um quadro de enterorragia intensa, que seria mais evidente.

Criança sexo masculino, 5 meses, em primeira consulta de puericultura trazida pela mãe, ao exame físico constata-se criptorquidia e presença de hérnia inguinal direita. Assinale a alternativa correta:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Questão sobre Hérnia Inguinal em Crianças: Criptorquidia e Conduta Cirúrgica

O caso em questão descreve uma criança com criptorquidia, condição em que um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal. Este problema é frequentemente associado à presença de hérnia inguinal, especialmente do lado direito, que é uma condição comum em crianças. A conduta em relação à hérnia inguinal em pediatria difere da abordagem nos adultos, sendo importante saber que, nas crianças, a hérnia inguinal tende a ser do tipo indireta, principalmente em prematuros. Ela também tem maior chance de ocorrer bilateralmente e apresenta risco significativo de encarceramento.

A conduta recomendada ao detectar uma hérnia inguinal associada à criptorquidia é a realização de uma cirurgia logo após o diagnóstico. Isso se deve ao fato de que as hérnias inguinais não se fecham espontaneamente, e o risco de complicações aumenta à medida que o tempo passa.

Agora, vamos analisar as alternativas:

  • Alternativa A – Correta: Está correto! O tratamento indicado para a hérnia inguinal em casos de criptorquidia é a cirurgia imediata, pois a hérnia não se resolve espontaneamente, e a intervenção precoce previne complicações.
  • Alternativa B – Incorreta: Errado! O tratamento não é conservador. A hérnia inguinal não se fecha espontaneamente, sendo necessária a abordagem cirúrgica.
  • Alternativa C – Incorreta: Errado! Embora a hérnia inguinal seja mais comum em meninos (em uma proporção de 4:1 a 10:1), nas crianças de muito baixo peso, a prevalência é maior no sexo feminino.
  • Alternativa D – Incorreta: Errado! A hérnia inguinal ocorre em aproximadamente 1-2% dos recém-nascidos a termo, sendo mais prevalente em prematuros.

Com isso, a alternativa correta para este caso é a Alternativa A.

Resumo do Caso: Criança do sexo masculino, de 5 meses, em sua primeira consulta de puericultura, apresenta criptorquidia e hérnia inguinal direita. A conduta correta é realizar a cirurgia assim que o diagnóstico for confirmado.