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Diabetes

Para quais pacientes a acarbose pode ser recomendada:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Questão Anulada

A acarbose é um fármaco utilizado no tratamento do diabetes, cuja ação se dá pela inibição da alfa-glicosidase no intestino, reduzindo a absorção de carboidratos. Por isso, os efeitos adversos mais comuns estão relacionados ao sistema gastrointestinal, como flatulência, diarreia e dor abdominal.

Esta questão se concentrou em identificar as contraindicações do medicamento. Vamos revisar essas contraindicações:

  • Hipersensibilidade conhecida à acarbose ou a qualquer um de seus componentes;
  • Doenças intestinais crônicas que envolvem distúrbios na digestão e absorção;
  • Insuficiência renal grave;
  • Pacientes com menos de 18 anos de idade.

É importante observar que a acarbose pode ser utilizada por pacientes idosos, sem a necessidade de ajuste na dose.

A acarbose é classificada como categoria C durante a gestação, o que significa que não deve ser utilizada durante a gravidez devido à falta de estudos em mulheres grávidas. Contudo, medicamentos desta categoria podem ser administrados se os benefícios superarem os riscos potenciais para o feto. Isso pode ser um fator explicativo para a anulação da questão apresentada.

Alternativas:

  • A: Correta - O fato de a pessoa ser idosa não constitui contraindicação para o uso de acarbose.
  • B: Parcialmente correta - O uso de acarbose pode ser considerado durante a gestação se os benefícios justificarem os riscos, mas o medicamento não é recomendado nesta situação.
  • C: Incorreta - Doenças intestinais crônicas com distúrbios de absorção são contraindicações para o uso de acarbose.
  • D: Incorreta - A insuficiência renal grave é uma contraindicação clara para o uso de acarbose.

Conclusão: A questão foi anulada.

Homem, 64 anos de idade, em tratamento para hipertensão arterial sistêmica e diabetes tipo 2, comparece à primeira consulta do ambulatório de clínica médica de um hospital do Sistema Único de Saúde - SUS. Relata que veio a este ambulatório porque na unidade básica de saúde perto de sua casa “não tem médico”. Relata fazer uso de losartana 50mg 2 vezes/dia, hidroclorotiazida 25 mg/dia, metformina 850mg 1vez ao dia, glicazida 90 mg/dia. Trouxe alguns exames realizados em internação prévia, por pneumonia bacteriana (há 2 meses): HbA1c: 12.5%; Creatinina: 1,6 mg/dL; (Taxa de Filtração Glomerular - TFG: 45 mL/min/1,73m2 ); Ureia: 53 mg/dL. Ao exame físico: bom estado geral, frequência respiratória = 20 incursões/minuto; Frequência cardíaca = 78 batimentos/minuto; pressão arterial = 170 x 80 mmHg; saturação de oxigênio = 97% (em ar ambiente). Restante do exame sem alterações significativas, a não ser presença de dermatite ocre, sem edemas ou lesões em membros inferiores (MMII). Quais exames de rastreamento para complicações das comorbidades devem ser solicitados?

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

```html

Comentário:

Este caso clínico descreve um paciente de 64 anos com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes tipo 2 (DM2), em uso de múltiplos medicamentos, que não tem realizado o acompanhamento adequado e apresenta alguns exames com resultados preocupantes. É importante lembrar que o manejo adequado desses pacientes envolve a realização de exames para monitorar e detectar complicações decorrentes das condições pré-existentes. A questão cobra o conhecimento sobre quais exames são essenciais para rastrear as complicações dessas doenças.

Complicações da Hipertensão Arterial (HAS):

  • Glicemia de jejum: Deve ser solicitada para avaliar o controle glicêmico.
  • Lipidograma: Essencial para avaliar o risco cardiovascular, uma vez que a HAS está frequentemente associada a dislipidemia.
  • Ácido úrico plasmático: Deve ser solicitado, pois a hiperuricemia pode ser uma complicação associada à hipertensão.
  • Creatinina e potássio: A creatinina ajuda a monitorar a função renal, enquanto o potássio deve ser acompanhado devido ao uso de medicamentos como os diuréticos.
  • Exame de urina tipo 1 (EAS): Importante para avaliar a presença de proteinúria ou hematuria, que são indicativos de complicações renais da hipertensão.
  • Eletrocardiograma de repouso (ECG): Essencial para avaliar sinais de lesão cardíaca e possíveis arritmias.

Complicações do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2):

  • Microalbuminúria: Exame fundamental para rastrear a nefropatia diabética, uma das complicações mais comuns do DM2.
  • Fundoscopia: Exame que permite identificar alterações na retina, como retinopatia diabética, uma complicação grave do DM.
  • Exame físico neurológico: Para identificar neuropatia diabética e o risco de pé diabético.
  • HbA1c: Importante para avaliar o controle glicêmico a longo prazo.
  • Perfil lipídico e creatinina sérica: Exames complementares que devem ser monitorados durante o acompanhamento dos pacientes com DM2.

Além disso, o paciente apresenta dermatite ocre, que pode indicar vasculopatia crônica, uma possível consequência do diabetes, e os exames laboratoriais apontam um controle glicêmico inadequado (HbA1c de 12,5%) e sinais de insuficiência renal (TFG de 45 mL/min). A partir dessa avaliação, o profissional de saúde deve estar atento à escolha dos exames para rastrear e monitorar essas complicações.

Analisando as alternativas:

  • Alternativa A - Incorreta: Hemograma e ultrassonografia de abdome total não são exames de rotina para o rastreamento das complicações da hipertensão e diabetes.
  • Alternativa B - Incorreta: Radiografia de tórax e ultrassonografia de rins e vias urinárias não fazem parte da rotina de exames para investigar complicações dessas condições.
  • Alternativa C - Correta: A microalbuminúria, fundoscopia e ECG de repouso são exames essenciais para investigar as complicações renais, retinopatia e cardiopatia deste paciente. Estes exames devem ser solicitados como parte do acompanhamento.
  • Alternativa D - Incorreta: A alternativa sugere exames como a medida da albuminúria de 24h, mas o uso do termo "microalbuminúria" é mais adequado e relevante. Além disso, o perfil lipídico é necessário, mas a alternativa C é mais completa e apropriada para investigar as complicações.

Gabarito: A alternativa C é a mais correta. Os exames listados são fundamentais para rastrear as complicações da hipertensão e do diabetes neste paciente.

```

A dislipidemia, observada quando existem elevações nos níveis de triglicerídeos e/ou LDL-c, ou ainda quando da redução dos níveis de HDL-c, contribui para o incremento do risco cardiovascular de indivíduos portadores de Diabetes Mellitus. Em casos cuja necessidade se observa, o emprego de fármacos hipolipemiantes se soma às mudanças de estilo de vida para promover o controle desses níveis, buscando reestabelecer valores normais. Com relação aos fármacos comumente empregados, assinale a alternativa incorreta:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Analisando as alternativas, temos:

A - Correta. As estatinas representam o tratamento inicial mais recomendado para dislipidemias com elevação isolada de colesterol. Quando o controle não é alcançado, pode-se optar por combinar a ezetimiba ou a colestiramina. Em situações específicas, pode-se também considerar o uso de fibratos ou ácido nicotínico, embora tais associações não sejam práticas usuais.

B - Correta. As estatinas devem ser administradas preferencialmente à noite, especialmente as de curta duração, para garantir maior concentração do medicamento durante o período de maior síntese de colesterol pelo fígado. Estatinas de meia-vida longa não exigem esse ajuste, embora, na prática, muitas vezes também sejam indicadas para uso noturno.

C - Incorreta. Os efeitos adversos graves das estatinas, como a rabdomiólise, são raros e, quando presentes, normalmente ocorrem em pacientes que utilizam outras drogas em conjunto, como fibratos, antifúngicos, macrolídeos ou ciclosporina. Os efeitos mais frequentemente observados incluem miopatia, dor abdominal, constipação e insônia.

D - Correta. Além da hepatotoxicidade associada às estatinas, sinais como icterícia, hepatomegalia, aumento de bilirrubina direta e prolongamento do tempo de protrombina também são indicativos de lesão hepática.

Alternativa C incorreta.

A dislipidemia, caracterizada pelo aumento de triglicerídeos e/ou LDL-c, ou pela diminuição do HDL-c, aumenta o risco cardiovascular, especialmente em pacientes com Diabetes Mellitus. Quando necessário, o uso de medicamentos para redução de lipídios é combinado com modificações no estilo de vida, com o objetivo de normalizar os níveis lipídicos e reduzir esse risco. Em relação aos medicamentos frequentemente utilizados, identifique a alternativa incorreta:

Você avalia ambulatoriamente uma adolescente com 12 anos de idade, estatura de 151 cm (P50) e peso de 42 kg (P50), estágio de Tanner M3P2 e diagnóstico de diabete melito tipo 1 há 5 anos. Seu esquema de insulinização está demonstrado na tabela abaixo. Sua concentração atual de HbA1c é 8,9% e seu perfil glicêmico da última semana está demonstrado no gráfico abaixo. Com base nas metas glicêmicas e de HbA1c, qual é a conduta terapêutica mais indicada nessa consulta para essa paciente nesse momento?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

Em pacientes com diabetes mellitus, se a glicemia ao acordar estiver fora da faixa desejada, a solução seria ajustar a dose da insulina NPH administrada durante a noite.Para entender isso melhor, é importante lembrar os alvos glicêmicos recomendados após o início do tratamento com insulina:

  • Glicemia pré-prandial: abaixo de 130 mg/dL
  • Glicemia pós-prandial: abaixo de 180 mg/dL
  • Hemoglobina glicada (HbA1c): abaixo de 7%
Analisando o perfil glicêmico de um paciente durante uma semana, podemos observar que as medições mais alteradas (fora da meta) ocorrem principalmente nas primeiras horas da manhã, antes das refeições. Nesse momento, a glicemia idealmente deve estar abaixo de 130 mg/dL, pois o paciente não ingeriu alimentos ainda. Quando a glicemia matinal está acima desse valor, isso indica que a dose de insulina NPH administrada à noite não está sendo suficiente para controlar a glicemia pela manhã.Portanto, a medida correta é aumentar a dose da insulina NPH noturna, para que os níveis de glicemia ao acordar fiquem dentro da meta.Agora, vamos analisar as alternativas apresentadas:
  • Alternativa A - Incorreta: A dose de NPH noturna não é suficiente para manter a glicemia matinal abaixo de 130 mg/dL. Logo, precisa ser aumentada.
  • Alternativa B - Correta: O aumento da dose de NPH noturna é necessário para garantir que a glicemia matinal esteja abaixo de 130 mg/dL.
  • Alternativa C - Incorreta: Os valores glicêmicos pré e pós-prandiais durante o dia estão adequados às metas estabelecidas, portanto, não há necessidade de modificar a dose de insulina nesses períodos.
  • Alternativa D - Incorreta: Como as outras medições glicêmicas estão dentro da meta, podemos concluir que o paciente segue corretamente o tratamento. No entanto, a dose de insulina noturna ainda precisa ser ajustada.
 Portanto, a resposta correta é a Alternativa B.

No tratamento do diabetes, qual das drogas abaixo está associada à perda de peso?

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Resposta correta: letra B

Explicação da resposta correta:

O conhecimento sobre os medicamentos utilizados no tratamento do diabetes mellitus (DM) tem sido cada vez mais relevante nas provas de residência. Hoje, não basta apenas saber quais fármacos são usados, mas também é fundamental compreender os efeitos benéficos e os riscos dessas substâncias.

Na questão em análise, o objetivo é identificar os medicamentos que auxiliam na perda de peso. A resposta correta, nesse caso, é a liraglutida, que tem mostrado benefícios nesse aspecto. Além disso, a metformina e os inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (gliflozinas) também contribuem para a redução de peso corporal.

Por outro lado, fármacos como a glimepirida, uma sulfonilureia, e a pioglitazona tendem a promover o aumento de peso, o que pode ser um fator negativo para alguns pacientes.

A insulina Deglutec, por sua vez, é uma insulina de ação prolongada, ou seja, não é um hipoglicemiante oral. Embora ela ofereça um controle mais conveniente com sua meia-vida longa, ela não está associada à perda de peso.

Dessa forma, a alternativa correta é a B.

Atualmente, o conhecimento apenas anatômico sobre o trato gastrointestinal superior não é suficiente para o cirurgião especialista no tratamento da obesidade. O efeito dos enterohormônios é básico para o tratamento adequado dessa patologia. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Grelina é um hormônio importante produzido pelo estômago, especialmente na região do fundo gástrico, e tem um papel significativo na regulação do apetite. Sua principal função é aumentar a sensação de fome, sendo conhecida por seu efeito orexigênico. Além disso, a grelina estimula a liberação do hormônio do crescimento (GH) ao interagir com o receptor secretagogo de GH. Fatores como a privação de sono, o jejum e condições específicas, como a síndrome de Prader-Willi, podem aumentar a produção de grelina e, consequentemente, a sensação de fome.

A grelina age principalmente na área lateral do hipotálamo, também chamada de centro da fome, e seus níveis tendem a aumentar durante o jejum, diminuir após a ingestão de alimentos e, em condições como a síndrome de Prader-Willi, podem estar elevados. Além disso, após cirurgias como o bypass gástrico, os níveis de grelina diminuem.

Agora, vamos às alternativas:

  • A: Correta – A grelina tem, de fato, um papel fundamental no aumento do apetite, com um efeito orexigênico claro, como descrito anteriormente.
  • B: Incorreta – O peptídeo Y não possui propriedades incretínicas, ao contrário da grelina, que é um hormônio incretínico.
  • C: Incorreta – Embora a grelina seja produzida no estômago, é importante frisar que sua principal origem é no fundo gástrico, como foi mencionado.
  • D: Incorreta – O GLP-1 está associado à saciedade, não à fome, e possui um efeito oposto ao da grelina.
  • E: Incorreta – Assim como na alternativa B, o peptídeo Y não tem efeito incretínico, portanto, esta alternativa também está incorreta.

Gabarito: A alternativa correta é a A, já que a grelina é, de fato, um hormônio com papel orexigênico, essencial na regulação do apetite.

João, 47 anos, hipertenso, diabético e obeso, vem para consulta queixando-se por não conseguir dormir. Trabalha como guarda na unidade prisional da cidade onde mora, no turno da noite. Relata que desde que começou a trabalhar neste horário não tem conseguido manter o controle do diabetes e da hipertensão, além de ter tido aumento no peso. Mas, o que realmente vem incomodando-o, é que não consegue dormir quando chega pela manhã em casa, pois precisa levantar muitas vezes para urinar, além de apresentar tremores e mal-estar na metade da manhã. Relata que precisa ficar trabalhando nesse turno, pois é mais calmo e lhe garante um melhor salário no final do mês. As medicações que usa são: maleato de enalapril, 20 mg, 12/12h, hidroclorotiazida 25mg, pela manhã, cloridrato de metformina 850 mg, no café da manhã, almoço e janta, insulina protamina neutra de Hagedorn, 44UI, pela manhã, e 22 UI à noite, sinvastatina 20mg, à noite, e ácido acetilsalicílico, 100mg, após o almoço. De acordo com o caso clínico, assinale a alternativa correta que apresenta quais orientações gerais devem ser dadas em relação à medicação.

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Adaptação da Insulinoterapia e Ajustes nos Anti-hipertensivos

Este tema é de grande relevância nas provas de residência médica, além de ser uma das maiores queixas de pacientes que lidam com diabetes e hipertensão: a adaptação às medicações! Ouvir e tentar resolver as queixas do paciente com atenção aos detalhes é o que nos torna médicos melhores! Vamos revisar rapidamente o assunto.

Nosso paciente, João, está reclamando de dificuldade para dormir pela manhã, além de urinar com frequência nesse período e sentir tremores e mal-estar também pela manhã. Você já consegue identificar o que pode estar acontecendo?

Um dos medicamentos que João utiliza é a hidroclorotiazida, um diurético, que ele toma pela manhã. Esse horário é frequentemente escolhido porque a maioria dos pacientes tem o dia inteiro para urinar. No entanto, precisamos ajustar esse esquema à realidade de João, que trabalha à noite e precisa dormir pela manhã. A solução seria prescrever a hidroclorotiazida para a noite.

Os tremores e o mal-estar são provavelmente sinais de hipoglicemia, causada pela alta dose de insulina protamina neutra de Hagedorn (NPH) que João utiliza pela manhã. O pico de ação dessa insulina ocorre entre 4 a 10 horas após a aplicação, portanto, uma abordagem eficaz seria reduzir a dose da insulina NPH pela manhã ou orientá-lo a se alimentar um pouco mais após o trabalho, antes de dormir.

Alternativas:

  • A: Incorreta – A adaptação das medicações deve considerar o estilo de vida do paciente para garantir melhores resultados terapêuticos e qualidade de vida.
  • B: Incorreta – As insulinas devem ser armazenadas conforme as recomendações do fabricante, mas as insulinas em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente (até 30°C) por 4 a 8 semanas após a abertura.
  • C: Correta – O horário de administração do diurético deve ser ajustado ao ciclo de sono do paciente. Para minimizar os efeitos hipoglicemiantes da insulina, é recomendável que João coma antes de dormir pela manhã ou que a dose da insulina NPH seja reduzida nesse período.
  • D: Incorreta – Ajustar o tratamento à realidade do paciente é essencial para alcançar os melhores resultados possíveis.

Gabarito: A alternativa correta é a C.

João, um homem de 47 anos, hipertenso, diabético e obeso, procurou a consulta relatando dificuldades para dormir. Ele trabalha como guarda em uma unidade prisional durante a noite e, desde que começou a exercer essa função, teve dificuldades para controlar sua diabetes e hipertensão, além de ter ganhado peso. No entanto, sua principal queixa é a dificuldade em dormir pela manhã, pois precisa acordar várias vezes para urinar, e ainda sente tremores e mal-estar no início da manhã. João precisa continuar trabalhando nesse turno, pois ele oferece um ambiente mais tranquilo e uma remuneração maior.

Os medicamentos que João utiliza incluem: maleato de enalapril 20 mg, a cada 12 horas; hidroclorotiazida 25 mg pela manhã; metformina 850 mg com as principais refeições; insulina protamina neutra de Hagedorn 44 UI pela manhã e 22 UI à noite; sinvastatina 20 mg à noite; e ácido acetilsalicílico 100 mg após o almoço.

De acordo com o caso clínico, as orientações adequadas sobre a medicação foram discutidas acima.

Sobre as opções de tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 na Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde em Cuiabá, é correto afirmar:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

Questão sobre o tratamento de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) na Atenção Primária do SUS:

Esta questão aborda os medicamentos utilizados no tratamento do DM2 disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco nas opções oferecidas na Atenção Primária. Vamos revisar alguns pontos importantes para responder corretamente.

Alternativa A - Incorreta: A metformina é uma biguanida que, quando associada a mudanças no estilo de vida, é considerada a terapia inicial para DM2. Seu mecanismo de ação envolve o aumento da sensibilidade à insulina nos hepatócitos, além de bloquear processos como a glicogenólise e a gliconeogênese, que são responsáveis pela hiperglicemia no DM2. No entanto, vale destacar que a metformina não estimula a secreção de insulina pelo pâncreas, o que significa que ela não apresenta risco de causar hipoglicemia.

Alternativa B - Incorreta: As insulinas disponíveis no SUS são a regular e a NPH. Essas insulinas se distinguem principalmente pelo pico e pela duração de sua ação. Importante lembrar que ambas devem ser armazenadas em ambiente refrigerado: as insulinas não abertas devem ser guardadas na geladeira, entre 2 e 8 ºC. Após abertas, podem ser mantidas à temperatura ambiente, desde que não ultrapassem os 30ºC.

Alternativa C - Incorreta: As biguanidas, como a metformina, não aumentam o risco de hipoglicemia e podem ser utilizadas em conjunto com a insulina. Contudo, deve-se ter cuidado ao associar sulfonilureias (que são secretagogos, ou seja, aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas) com insulina, devido ao risco de hipoglicemia. Esta alternativa apresenta um erro comum, trocando "sulfonilureia" por "biguanida". Portanto, atenção!

Alternativa D - Incorreta: As sulfonilureias, como a glibenclamida e a glimepirida, aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas. No entanto, apenas a glibenclamida está disponível no SUS e é listada no RENAME. As dosagens variam entre os medicamentos: a glibenclamida pode ser administrada em doses de 2,5 a 20 mg/dia, enquanto a glimepirida pode ser administrada em doses de 1 a 8 mg/dia.

Gabarito oficial da banca: Alternativa D.

Observação importante: Segundo o gabarito da JJ, todas as alternativas estão incorretas, o que nos faz refletir sobre os pontos críticos apresentados.

Massagear o local de aplicação antes ou depois de injetar a insulina pode acelerar a sua absorção. Os pais devem ser instruídos, portanto, a não realizar massagem local após a aplicação de insulina, procedimento comum como demonstração de carinho. Assim, está INADEQUADO que:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Insulinização em pacientes diabéticos é um conceito fundamental para quem estuda medicina, especialmente considerando as exigências das provas. Além de compreender a classificação das insulinas (rápida, ultrarrápida, intermediária e prolongada), é essencial conhecer as diferentes vias de administração: intramuscular (IM), subcutânea e intravenosa. A absorção da insulina é mais rápida quando aplicada no abdome, especialmente as insulinas humanas, enquanto os análogos têm a mesma taxa de absorção em qualquer local. Com base nisso, vamos analisar as alternativas a seguir.

  • Alternativa A: Incorreta - A aplicação intramuscular, frequentemente utilizada em ambientes de emergência, resulta em uma absorção rápida da insulina, o que aumenta o risco de hipoglicemia, e não de hiperglicemia, como indicado nesta alternativa.
  • Alternativa B: Correta - A opção descreve corretamente que fatores que aumentam a temperatura local aceleram a absorção da insulina. Esse fenômeno justifica a orientação de que os pais evitem massagear o local da aplicação, pois esse ato pode potencialmente acelerar a absorção de maneira indesejada.
  • Alternativa C: Correta - Quando a temperatura local é reduzida, por exemplo, devido à vasoconstrição, a absorção da insulina é prejudicada, conforme detalhado na alternativa.
  • Alternativa D: Correta - A aplicação de insulina na camada intradérmica, em vez da camada subcutânea, compromete a eficácia da dose, resultando em perda de insulina no local.

Conclusão: A alternativa A é a incorreta e, portanto, a resposta para esta questão. Outro ponto importante a ser destacado é que massajar o local da aplicação antes ou após a injeção de insulina pode acelerar a absorção da substância. É fundamental que os pais sejam orientados a não realizar esse procedimento, que muitas vezes é feito por carinho, mas que pode alterar o efeito esperado da insulina.

Assinale a alternativa CORRETA:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Diabetes é um tema essencial em qualquer prova de medicina, portanto, é fundamental que você esteja bem preparado para abordá-lo com confiança. Esta questão envolve conceitos importantes sobre complicações agudas do diabetes, uma excelente oportunidade para revisar os pontos-chave dessa área. Vamos analisar as alternativas:

  • A: Correta - A cetoacidose diabética (CAD) é mais comum em extremos etários, como nas crianças pequenas ou em adultos jovens. Em alguns casos, a CAD pode ser a forma inicial de diagnóstico de diabetes. Além disso, a idade inferior a 5 anos é um fator de risco importante para o desenvolvimento de edema cerebral durante o manejo da CAD.
  • B: Incorreta - A desidratação observada no estado hiperosmolar é grave, e não leve, como sugerido nesta alternativa. Esse quadro exige cuidados intensivos, com reposição adequada de líquidos e monitoramento rigoroso.
  • C: Incorreta - O tratamento da CAD envolve a reposição volêmica com soro fisiológico 0,9%, e não com NaCl a 10%. Embora a insulina regular seja a opção mais utilizada, as insulinas ultrarrápidas podem ser indicadas em casos leves a moderados. A insulina glargina, uma insulina de ação prolongada, não é indicada nesse contexto.
  • D: Incorreta - A insulinoterapia é contraindicada quando os níveis de potássio estão abaixo de 3,3 mEq/L. Isso ocorre porque a insulina promove a movimentação do potássio do meio extracelular para o intracelular, o que pode agravar a hipocalemia e piorar o quadro do paciente.

Portanto, a alternativa correta é a letra A.

Paciente masculino de 45 anos de idade, diabético rebelde ao tratamento, foi trazido por corpo de bombeiros desacordado, dispneico e com dificuldades respiratórias. Foi admitido no CTI por 3 dias. Quando do seu último plantão, foi solicitado que desse a sua opinião quanto à possibilidade de tratamento em enfermaria. Durante a discussão que você participou, foram abordadas as complicações das emergências diabéticas. Desse modo, aponte a opção INCORRETA.

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Questão: Complicações nas emergências diabéticas

Existem duas emergências mais comuns em pacientes diabéticos: a cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH). Ambas as condições requerem o uso de insulina em infusão intravenosa contínua (BIC) para o controle da glicemia. No entanto, o tratamento com insulina pode causar algumas complicações, como hipoglicemia, hipocalemia (devido ao deslocamento de potássio intracelular causado pela insulina) e, em alguns casos, hiperglicemia (quando a insulina é suspensa de maneira abrupta sem a introdução de insulina subcutânea).

É importante observar que a correção gradual da glicemia é essencial para evitar complicações, especialmente o edema cerebral, que pode ocorrer em qualquer faixa etária, seja em adultos, crianças ou idosos, caso haja um desequilíbrio na osmolaridade plasmática durante o tratamento.

Dica importante: Antes de iniciar o tratamento com insulina, é fundamental realizar a dosagem do potássio sérico para garantir que o nível de potássio seja adequado, evitando complicações relacionadas à hipocalemia.

Alternativa C - Incorreta: Como explicado acima, o edema cerebral pode ocorrer tanto em crianças e idosos quanto em adultos. Portanto, a afirmativa da alternativa C está errada.

Gabarito: A alternativa incorreta é a alternativa C.

Sobre o acompanhamento do paciente diabético, é correto afirmar que:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

Questão sobre o acompanhamento do paciente diabético

A questão aborda o acompanhamento ambulatorial de pacientes com diabetes mellitus, com ênfase na realização de exames complementares para monitorar possíveis complicações. A análise se baseia em diretrizes para o manejo clínico e prevenção de complicações, conforme indicado no caderno de atenção básica.

Importância do acompanhamento clínico

O acompanhamento do paciente diabético envolve a história clínica detalhada, exame físico minucioso e a solicitação de exames complementares para detectar complicações. A periodicidade desses exames depende de vários fatores, como o risco cardiovascular do paciente, o controle glicêmico, as metas terapêuticas e as complicações preexistentes. De forma geral, os exames recomendados incluem:

  • Glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1C)
  • Perfil lipídico, com colesterol total, HDL e triglicerídeos
  • Creatinina sérica
  • Exame de urina tipo 1 e, se necessário, microalbuminúria ou relação albumina/creatinina
  • Fundoscopia

Periodicidade dos exames

Exames como glicemia de jejum e HbA1C devem ser realizados semestralmente, caso o paciente esteja dentro da meta glicêmica. Se os valores estiverem elevados, a realização deve ser trimestral. Os outros exames devem ser solicitados anualmente, considerando as condições clínicas do paciente e os protocolos locais de atendimento.

Importância da avaliação dos pés e neuropatia diabética

A neuropatia diabética e o pé diabético são complicações comuns do diabetes e representam uma das principais causas de amputações não traumáticas. Assim, a avaliação periódica dos pés deve ser realizada com base no grau de comprometimento, com a frequência ajustada de acordo com as condições do paciente.

Uso de ácido acetilsalicílico (AAS) no diabetes

O uso de AAS para prevenção primária de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos sem doença cardiovascular diagnosticada ainda é um tema controverso. As principais referências da literatura não recomendam seu uso rotineiro devido ao risco aumentado de sangramentos. Segundo o caderno de atenção básica, a recomendação é de que o AAS não seja utilizado indiscriminadamente nesses casos.

_"Em pessoas com diabetes sem doença cardiovascular diagnosticada, o benefício do ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção primária de eventos cardiovasculares é limitado e, para muitos pesquisadores, o risco de sangramentos importantes pode ser maior do que o benefício em termos de redução de risco (DE BERARDIS, 2009; CAVADAS, 2011). Portanto, AAS não deve ser utilizado rotineiramente nesse contexto." (GRADE C)_

Comentário sobre as alternativas:

  • Alternativa AIncorreta: A pressão arterial é uma parte fundamental do exame físico e deve ser medida em todas as consultas do paciente diabético, não sendo algo restrito a casos específicos.
  • Alternativa BIncorreta: O perfil lipídico deve ser monitorado anualmente, de maneira geral, como parte do acompanhamento do paciente diabético.
  • Alternativa CCorreta: A microalbuminúria ou a relação albumina/creatinina são exames essenciais no rastreio da nefropatia diabética e devem ser solicitados anualmente.
  • Alternativa DIncorreta: A avaliação dos pés dos pacientes diabéticos varia conforme o grau de comprometimento. Para aqueles sem alterações sensoriais ou com pulsos normais, a avaliação deve ser feita anualmente.
  • Alternativa ECorreta: O uso de AAS para prevenção primária em pacientes diabéticos não é recomendado de forma rotineira.

Gabarito Oficial: C

Gabarito AzonoMED: C e E

Em relação à apresentação clínica do diabetes mellitus tipo 1 na infância e adolescência, assinale a alternativa correta.

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Resposta correta: letra E

Explicação da resposta correta:

A cetoacidose diabética (CAD) é uma emergência metabólica caracterizada pela deficiência de insulina e pela produção excessiva de hormônios contrarreguladores, desencadeada por fatores como infecção ou estresse. É a principal causa de mortalidade em crianças e adolescentes com diabetes mellitus (DM). As complicações incluem edema cerebral, acidose metabólica e distúrbios hidroeletrolíticos graves.

Análise das alternativas:

  • [Alternativa A - Incorreta]: A prevalência de CAD diminui com o aumento da idade. Estudos indicam que 36% das crianças menores de 5 anos apresentam CAD no diagnóstico, enquanto em adolescentes maiores de 14 anos, a prevalência cai para 16%. Essa diferença ocorre porque os sintomas clássicos são mais difíceis de serem reconhecidos em crianças pequenas, atrasando o diagnóstico.
  • [Alternativa B - Incorreta]: A hiperglicemia na CAD é avaliada por amostras de sangue periférico e não por teste oral de tolerância à glicose. Outros exames fundamentais incluem eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio), gasometria arterial, ureia, creatinina, hemograma e dosagem de corpos cetônicos.
  • [Alternativa C - Incorreta]: A presença de leucocitose com desvio à esquerda (até 25.000 leucócitos/mm³) pode ocorrer na CAD mesmo sem infecção, devido ao estresse metabólico. No entanto, febre ou temperatura corporal normal/elevada podem indicar uma infecção como fator desencadeante, uma vez que a CAD sem infecção frequentemente causa hipotermia.
  • [Alternativa D - Incorreta]: Embora a glicosúria possa ser um achado em casos de CAD, ela também ocorre em outros quadros clínicos, como intoxicação por salicilatos, e não é exclusiva dessa condição.
  • [Alternativa E - Correta]: Na população pediátrica, os sintomas podem ser inespecíficos, mas queixas como poliúria, polidipsia e polifagia são comuns. Além disso, o surgimento de enurese noturna em crianças previamente continentes pode ser um indicador importante para suspeitar de CAD e iniciar investigação.
Gabarito: Alternativa E.

Dentre os diversos conceitos envolvidos na gênese do diabetes, o termo (LADA, acrônimo em inglês de Latente Autoimune Diabetes in Adults), se refere:

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Resposta correta: letra C

Explicação da resposta correta:

LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) é um subtipo raro de diabetes, cujas características clínicas o assemelham ao diabetes tipo 1 (DM1) clássico. No entanto, a destruição das células beta pancreáticas ocorre de forma lenta e gradual, ao contrário da progressão mais rápida e grave observada no DM1. Essa forma de diabetes é diagnosticada geralmente em adultos jovens, tipicamente com 25 anos ou mais. Embora inicialmente possa ser confundida com o diabetes tipo 2, o LADA se distingue pela destruição autoimune das células beta, o que leva à necessidade precoce de insulinoterapia.

Aos poucos, indivíduos com LADA começam a apresentar sintomas como hiperglicemia, mas a redução da insulina endógena não é abrupta. Isso faz com que o diagnóstico muitas vezes seja tardio, com a identificação do LADA em estágios mais avançados da doença. Outros aspectos que ajudam a levantar a suspeita de LADA incluem o IMC abaixo de 25, presença de histórico pessoal ou familiar de doenças autoimunes e a progressão rápida para a necessidade de insulina.

Testes laboratoriais, como a dosagem do peptídeo C, costumam revelar níveis baixos nesse tipo de diabetes, assim como a presença de autoanticorpos contra as ilhotas de Langerhans.

Vamos analisar as alternativas:

  • A: Incorreta. O LADA é caracterizado pela destruição lenta e gradual das células beta, diferentemente do DM1 clássico, onde a destruição ocorre de forma mais rápida.
  • B: Incorreta. A descrição não corresponde ao quadro do LADA.
  • C: Correta. O diagnóstico de LADA é frequentemente errôneo, sendo confundido com o diabetes tipo 2 devido à progressão mais lenta dos sintomas.
  • D: Incorreta. O LADA refere-se a uma forma latente e de progressão mais lenta, e não a uma forma com rápida destruição das células beta.

Gabarito: A alternativa C é a correta.

Uma mulher de 27 anos de idade e sobrepeso procura atendimento médico com queixa de sede excessiva e poliúria. O diagnóstico de diabetes mellitus foi confirmado após dosagem de glicose sérica de 211 mg/dl. Qual dos exames abaixo pode confirmar tratar-se de caso de diabetes mellitus tipo I?

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 1: Utilização de Marcadores Imunológicos

Uma paciente de 27 anos, com sobrepeso, apresenta queixas de sede excessiva e poliúria. Durante o atendimento, a glicose sérica foi medida e estava elevada, acima de 200 mg/dL, o que sugere um quadro de diabetes mellitus. Para confirmar o diagnóstico de diabetes tipo 1, podemos recorrer a marcadores específicos, como os anticorpos anti-ICA, anti-GAD e anti-IA2. Esses anticorpos são direcionados contra as células beta do pâncreas, e sua presença é indicativa de uma resposta autoimune, característica do diabetes tipo 1.

Importantes Considerações:

  • Concomitância de Doenças Autoimunes: Em pacientes com diabetes tipo 1, é comum a presença de outras doenças autoimunes, como o hipotireoidismo ou o vitiligo. Isso se deve à natureza autoimune do diabetes tipo 1, que pode predispor a outras condições semelhantes.
  • História Familiar: Ao contrário do diabetes tipo 2, a associação com histórico familiar de diabetes tipo 1 é menos frequente, o que pode dificultar o diagnóstico com base apenas na história familiar.

Alternativas para Diagnóstico:

  • Alternativa A: Correta - A dosagem do anticorpo anti-GAD-65 é um exame útil para confirmar o diagnóstico de diabetes tipo 1, especialmente quando considerado o quadro clínico apresentado pela paciente.
  • Alternativas B, C, D e E: Incorretas - Essas alternativas não se aplicam ao diagnóstico de diabetes tipo 1, uma vez que não envolvem marcadores típicos ou características clínicas relevantes para essa condição.

Gabarito: Letra A. O exame do anticorpo anti-GAD-65 é um dos marcadores importantes para confirmar o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 neste contexto clínico.

O Diabetes Mellitus (DM) do tipo 2 é um distúrbio progressivo definido por déficits na secreção e ação da insulina, que causam metabolismo anormal da glicose e transtornos metabólicos relacionados. Em relação ao diagnóstico do DM do tipo 2 em adulto, assinalar a alternativa CORRETA:

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Resposta correta: letra E

Explicação da resposta correta:

Diagnóstico do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2)

O diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) pode ser confirmado por meio de três exames principais. Esses exames são cruciais para identificar a doença e devem ser realizados de acordo com a situação clínica do paciente, especialmente quando há sinais característicos de hiperglicemia. Os exames são os seguintes:

  • Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): Glicemia maior ou igual a 200 mg/dL.
  • Glicemia de jejum: Glicemia maior ou igual a 126 mg/dL.
  • Hemoglobina glicada (HbA1C): Percentual maior ou igual a 6,5%.

Para realizar o diagnóstico de DM2, é necessário avaliar se o paciente apresenta sintomas ou não:

  1. Sintomáticos: Pacientes que apresentam sinais típicos de hiperglicemia, como aumento da fome (polifagia), aumento da frequência urinária (poliúria), sede excessiva (polidipsia) e perda de peso (emagrecimento). Quando esses sintomas estão presentes, o diagnóstico pode ser confirmado com uma glicemia ao acaso (realizada sem jejum) maior ou igual a 200 mg/dL.
  2. Assintomáticos: Para confirmar o diagnóstico nesses casos, é necessário que ao menos dois exames estejam alterados (entre TOTG, HbA1C e glicemia de jejum). Se apenas um exame apresentar alteração, é necessário repeti-lo para confirmar o diagnóstico.

Comentários sobre as alternativas:

  • Alternativa A - Incorreta: Embora a glicemia ao acaso maior ou igual a 200 mg/dL junto com sintomas de hiperglicemia ajude a confirmar o diagnóstico, a alternativa não explica quais são os sintomas específicos necessários para essa confirmação, como polifagia, poliúria, polidipsia e emagrecimento.
  • Alternativa B - Incorreta: Quando não há sintomas de hiperglicemia, é necessário que pelo menos dois exames apresentem resultados alterados para confirmar o diagnóstico. Portanto, esta alternativa está incorreta.
  • Alternativa C - Incorreta: A mesma lógica da alternativa B se aplica aqui, já que a ausência de sintomas exige dois exames alterados. Assim, esta alternativa também está incorreta.
  • Alternativa D - Incorreta: Na ausência de sintomas, um único exame alterado não é suficiente para confirmar o diagnóstico. A alternativa não está de acordo com os critérios para diagnóstico.
  • Alternativa E - Correta: Quando o paciente apresenta sintomas de hiperglicemia, como os descritos anteriormente, e a glicemia ao acaso é maior ou igual a 200 mg/dL, o diagnóstico de DM2 é confirmado sem a necessidade de outros exames. Esta alternativa está correta.

Gabarito: Alternativa E

A metformina é um sensibilizador à insulina, que corresponde à primeira opção de antidiabético oral na maioria dos casos de diabetes melito tipo 2. Sobre essa medicação, assinale a alternativa correta:

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Resposta correta: letra D

Explicação da resposta correta:

A metformina é amplamente reconhecida como um dos medicamentos mais eficazes no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Sua ação principal envolve a inibição da gliconeogênese hepática, além de aumentar a sensibilidade periférica à insulina e retardar a absorção intestinal da glicose. Este conjunto de efeitos contribui significativamente para o controle glicêmico, sendo um dos pilares terapêuticos para pacientes com DM2.

Agora, vamos revisar as alternativas apresentadas e entender por que algumas delas estão incorretas, enquanto outras estão corretas.

  • Alternativa A - Errada: A mudança no estilo de vida, como dieta e exercícios, tem maior impacto no manejo do pré-diabetes do que o uso de medicamentos. A alternativa sugere que o uso de medicação é uma boa opção para pacientes com pré-diabetes, o que está equivocado, pois a modificação no estilo de vida é o tratamento mais indicado para prevenir a progressão para DM2.
  • Alternativa B - Errada: Os efeitos gastrointestinais da metformina estão diretamente relacionados à dose administrada. Em geral, os efeitos adversos começam a surgir com doses mais altas, e por isso, frequentemente a dose é aumentada progressivamente para minimizar os efeitos colaterais. A alternativa não leva em conta essa estratégia.
  • Alternativa C - Errada: A metformina não causa hipoglicemia, uma vez que não promove aumento na secreção de insulina. Sua ação é voltada para a sensibilização periférica à insulina, o que não resulta em risco de hipoglicemia. Além disso, ao contrário do que é sugerido, a metformina pode até contribuir para a perda de peso em alguns pacientes, não para o aumento do peso.
  • Alternativa D - Correta: O principal efeito terapêutico da metformina é justamente a inibição da gliconeogênese hepática, que é responsável pela elevação dos níveis de glicose no sangue durante o jejum. Este mecanismo de ação é fundamental no controle da hiperglicemia em pacientes com DM2.
  • Alternativa E - Errada: A redução da hemoglobina glicada promovida pela metformina é em torno de 1,5% a 2%, e não no valor indicado pela alternativa, que está incorreto.

Gabarito: Letra D! A metformina é uma das primeiras escolhas no tratamento oral do diabetes mellitus tipo 2 devido à sua ação de sensibilização à insulina e sua eficácia em controlar a hiperglicemia. Seu principal efeito é a inibição da gliconeogênese hepática, que reduz a produção de glicose pelo fígado, especialmente durante o jejum.

Uma mulher de 21 anos de idade, previamente com diabetes mellitus, foi levada ao pronto-atendimento por familiares, por confusão mental, associada à dor abdominal, há dois dias, após briga importante com namorado. Ao exame físico: torporosa; desidratada 3⁄4+; e taquidispneica, em respiração acidótica (Kussmaul). Exames laboratoriais: glicemia capilar (dextro) 500 mg/dL; gasometria arterial – pH 7,13; HCO3 5 mEq/L; Na 131 mEq/L; K 2,6 mEq/L; e hemograma com leucocitose. Iniciou-se hidratação endovenosa com soro fisiológico conforme o protocolo de cetoacidose, com 20 mL/kg na 1.a hora. Com base nesse caso hipotético, a conduta subsequente será

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Resposta correta: letra E

Explicação da resposta correta:

Em situações de cetoacidose diabética, como o caso apresentado de uma paciente jovem de 21 anos com histórico de diabetes mellitus, a conduta inicial deve ser cuidadosamente planejada. O quadro clínico sugere desidratação, respiração acidótica (Kussmaul), e níveis laboratoriais indicativos de cetoacidose, como a glicemia elevada e o pH ácido. No entanto, um ponto crucial a ser destacado é a baixa concentração de potássio (K 2,6 mEq/L). Nesse cenário, a reposição de potássio deve ser a prioridade, antes da administração de insulina. Isso ocorre porque a insulina pode provocar uma queda adicional nos níveis de potássio, aumentando o risco de complicações cardíacas. Portanto, a reposição de potássio deve ser realizada até que os níveis do íon estejam estabilizados, para então iniciar a insulinoterapia. Assim, a alternativa correta é a letra E.

No tratamento de pacientes diabéticos tipo 2 com as terapias fornecidas pelo Sistema Único de Saúde, é correto afirmar:

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Resposta correta: letra A

Explicação da resposta correta:

Vamos abordar o tratamento do diabetes tipo 2, considerando diversos aspectos importantes que influenciam a escolha e o acompanhamento terapêutico.

Primeiramente, a metformina é amplamente utilizada no tratamento do diabetes tipo 2. Ela atua inibindo a gliconeogênese hepática e melhorando a sensibilidade periférica à insulina, além de ter um efeito benéfico na redução de complicações macrovasculares. Embora não altere diretamente a secreção de insulina, a metformina é uma medicação com um bom perfil de segurança e não causa ganho de peso, sendo até vantajosa em pacientes obesos, já que pode ajudar na redução do peso corporal quando associada a mudanças no estilo de vida. Para indivíduos com peso normal, a metformina permanece a escolha inicial devido à sua eficácia e segurança.

Entretanto, é importante lembrar que, com o uso prolongado de metformina, pode ocorrer uma redução na absorção de vitamina B12 no íleo distal. Isso se deve a mecanismos que envolvem a diminuição da absorção ileal dessa vitamina, e, por isso, é fundamental monitorar periodicamente seus níveis em pacientes que utilizam esse medicamento a longo prazo. Além disso, a deficiência de vitamina B12 pode ser associada a outras condições, como gastrite atrófica, gastrectomias e doenças intestinais, como a doença de Crohn.

  • A: Correta – O uso prolongado de metformina pode reduzir a absorção de vitamina B12, o que exige monitoramento dos níveis dessa vitamina em pacientes em tratamento. Outros fatores que afetam a absorção de B12 incluem condições como gastrite atrófica e gastrectomias.
  • B: Incorreta – Em casos de utilização de insulina em múltiplas doses, a recomendação é suspender medicamentos secretagogos de insulina, como as sulfonilureias, que podem aumentar o risco de hipoglicemia. A metformina, por outro lado, pode ser mantida junto com a insulina, pois ela melhora a sensibilidade à insulina.
  • C: Incorreta – As sulfonilureias, como a glibenclamida, são medicamentos que aumentam o risco de hipoglicemia e devem ser usadas com cautela, especialmente em idosos que têm pouca percepção de hipoglicemia. No entanto, a idade não é uma contraindicação para o uso dessas medicações, embora sejam contraindicadas em casos de insuficiência renal grave e disfunção hepática.
  • D: Incorreta – O uso de medicações que promovem ganho de peso, como as sulfonilureias, pode agravar a resistência insulínica, uma das principais causas da patologia. Por outro lado, a metformina não promove ganho de peso e pode até reduzir o peso corporal em pacientes obesos, sendo uma excelente opção para pacientes com diabetes tipo 2.

Conclusão: A alternativa correta é a A, que destaca a necessidade de monitoramento dos níveis de vitamina B12 devido à redução de sua absorção no íleo distal durante o uso prolongado de metformina.